Quem nunca ouviu alguma mulher reclamar de dor nas costas por causa do peso da bolsa? Ou que ela não consegue mais andar sem sapato de salto alto porque os pés doem? Qualquer tipo de dor na lombar é sempre um sinal de que algo está errado e merece atenção especial. Para entender como usar esses assessórios sem prejudicar a saúde da coluna, fisioterapeuta Fernando Miranda concedeu entrevista exclusiva no quadro Mulher em Destaque desta segunda-feira (23). Confira, a seguir, as dicas do especialista para o uso de cada tipo de acessório ou calçado.
Bolsa
De acordo com o especialista, a bolsa tradicional, mais utilizada entre as mulheres, cuja alça fica segura somente por um dos ombros, é a que mais exige da musculatura e pode causa danos até mesmo à coluna cervical.
“A bolsa prejudica e muito a postura da mulher, porque elas costumam carregá-la de um lado só do corpo ou muito pesada, o que tenciona muito a musculatura. A mulher deve alternar estes lados para carregar a bolsa. Mesmo assim, não pode carregar por muito tempo. O ideal é reduzir o peso da bolsa. O estilo mochilinha ajuda bastante, a bolsa transpassada no peito também. A pior mesmo é aquela levada no ombro, pois pode prejudicar inclusive a coluna cervical”, explica.
O fisioterapeuta alerta que cuidados simples como estes podem evitar problemas como os famosos bicos de papagaio e até uma hérnia de disco.
Mochila
Apesar de possuir duas alças, ainda há quem insista em utilizar apenas uma delas. Fernando Miranda ressalta que os danos à coluna, nestes casos, podem ser os mesmo que as bolsas.
“Às vezes a alça não está regulada à altura, a pessoa pode acabar inclinando a coluna para trás, ou no caso de estar mais alto, pode acabar caminhando com os cotovelos dobrados. Postura não é uma coisa simples, mas também não é um bicho de sete cabeças. Nosso corpo sempre avisa quando alguma coisa ruim”, recomenda.
Calçado de salto
Você sabe o quão prejudicial pode ser um calçado de salto? O fisioterapeuta afirma que existe um tipo de salto que pode até fazer bem à saúde e serve como ponto de equilíbrio para o peso do corpo.
“Existe um salto que é bom para a saúde, que é entre 3 e 5 centímetros, que nivela um pouco essa descarga de peso no pé, chega a quase 50% na parte anterior do pé e 50% na posterior. De 6 cm para cima, já começa a ficar prejudicial. Salto acima de 10 cm, a mulher chega a escorregar até 92% do peso dela na ponta dos pés. A ponta dos pés não foi feita para isso. Até a curvatura da lombar já começa a ficar aumentada, acaba empinando o bumbum, o que sobrecarrega a região lombar”, alerta.
Quer saber mais? Ouça a entrevista na íntegra
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