Na primeira semana de agosto, foi noticiado por diversos veículos de comunicação que um menino de 10 anos foi encontrado sem vida após andar sozinho na lateral de um lago e escorregar na água, caso ocorrido em Montividiu, região sudoeste de Goiás. No local, já aconteceram outras três mortes do tipo. Fatalidades assim nos fazem reforçar sobre o quanto é importante se falar sobre o afogamento infantil e bater na tecla de que é necessário e fundamental prevenir esses tipos de acidentes.

Felizmente, muitos destes fatos podem ser reduzidos com três fatores primordiais. O primeiro é o interesse e conscientização dos pais para que seus filhos entendam e respeitem o meio líquido. O segundo é a educação aplicada por parte do especialista, o instrutor (a) de natação. O momento da aula é onde tudo acontece a fim de demonstrar os perigos existentes para as crianças. Por fim, o que há de mais importante; a preservação da vida dos filhos.

É papel fundamental do professor de natação infantil criar um laço de amizade e confiabilidade com os seus alunos e alunas. Com isso, conduzir uma ideia de segurança por meio de atividades, brincadeiras, ensinamentos e desafios, resultando em fazer com que eles realmente entendam a necessidade de não entrar em áreas aquáticas sozinhos ou sequer ficar em laterais de piscinas, lagoas e mar sem a supervisão ou acompanhamento de um adulto.

Mas não é só em áreas externas que mora o perigo. Em seus lares, respectivamente, os riscos de afogamento ocorrem quando menos se espera. Enquanto a mãe, pai ou babá estão na sala vendo televisão ou na cozinha preparando uma refeição, o bebê ou a criança pode se afogar em vasos sanitários entreabertos ou até mesmo em baldes com água ou tanques. Optar por portas fechadas e manter os itens que auxiliam na limpeza em um cômodo seguro da casa são um método correto e cauteloso para quem tem filhos pequenos em casa.

Em áreas de acesso comum, como em edifícios, com base nas regulamentações do Código Civil, por parte de sua administração, ou seja, os síndicos é extremamente importante que todas as formas de segurança sejam impostas e cumpridas no local. A proteção na lateral de piscinas, grades de segurança e câmeras de segurança são uma delas, pois afinal, ninguém nasce sabendo sobre o mundo e seus perigos, onde o que se torna atrativo pode ser fatal.

O que se espera é que haja, o quanto antes, essa prevenção na vida da criança; sendo ela bebê ou até mesmo pré-adolescente, pois como já mencionado, o afogamento não tem previsão. Ele não tem preconceito e acontece em diferentes idades, classes sociais e, muitas vezes, de modo silencioso. A melhor forma que a família deve se portar diante de qualquer eventualidade sobre afogamento é se informando, buscando orientações corretas com especialistas e incentivando seus filhos a praticarem a natação como forma de sobrevivência.

Kelly Maronezi (Especialista, profissional de Educação Física e proprietária da Baby Raia- Natação Infantil)