Para finalizar a segunda rodada de entrevistas da Sabatina 730, o candidato Reinaldo Pantaleão do PSOL foi o entrevistado da manhã desta sexta-feira (14). “Eu acho que a vida sem humor é uma tristeza. Acho que a vida só tem sentido com alegria. Com responsabilidade, respeito ao próximo, mas a vida é assim. Não adianta a gente querer ficar amargo, triste. Eu vou te dar um exemplo muito claro. A primeira entrevista de prefeitável aqui na 730 foi comigo. E depois logo saiu a pesquisa e eu estava com 1,1% e agora saiu uma nova pesquisa e estou com 3%. A 730 além de me dar a primeira oportunidade vai me dar a oportunidade de chegar ao 2° turno”, ressaltou Pantaleão.
O candidato disse ainda que participa de um processo eleitoral e não marca apenas posição ideológica. “Estou participando e não tenho dúvida, não sou nenhum ingênuo de ver que a máquina é isso ai. Não tenho dúvida que o nosso crescimento é real. A nossa candidatura surgiu dentro de muitos questionamentos, dentro de um processo de questionamento interno e imprensa. Eu participei da convenção e ganhei com mais de 80% dos votos. Estou muito alegre e tranquilo. O processo eleitoral é de indas e vindas, quem se mete a fazer política não faz individualmente”, justificou.
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Um dos mediadores da Sabatina 730 questionou o candidato à opinião dele sobre o aumento das intenções de voto na pesquisa. “Esse crescimento vem se dando de uma maneira natural. Tenho observado nos bairros aonde vou andando que as coisas são muito espontâneas. As pessoas param e falam pra gente que vai votar em mim por que eu não mudo, sou autêntico. Isso deixa a gente a vontade. A campanha é feita assim porque eu tenho respeito. Nesse processo vou andando, caminhando e aprendendo. O aprendizado é isso”, declarou o candidato.
“A esquerda é claramente pela luta da inclusão social. A direita faz uma exclusão na medida em que defende apenas determinados setores da sociedade. Lamentavelmente as pessoas mudam muito rapidamente de posição, às vezes elas se encantam com o poder e passam a defender posições que são contrárias àquilo que ela defendia. Quando você fala de poder dentro de um processo revolucionário, eleição não vai de dar o poder pela revolução. Se daria a partir do momento que você organizaria as massas e tomaria o poder com as massas e estabeleceria o poder com elas. Em um processo eleitoral você participa”, salientou.
Pantaleão ressalta que quem defende a posição dele, chega ao poder e comete os mesmos desatinos da direita passa a não ter credibilidade. “Quem participa de eleição é para ter voto. A eleição é um processo democrático dentro do jogo. Eu mudaria dentro da prefeitura com a visão de esquerda, estabelecer a cidadania. Todo mundo fala o mesmo discurso, mas prestar contas e evitar os roubos. Nesse sentido todo mundo faz o mesmo discurso, mas e na hora de colocar eles em prática?.
“Não terei dificuldade nenhuma de administrar Goiânia sendo honesto com a imprensa. Agora na medida em que faço esse discurso aqui para vocês e depois chego ao poder e faço o contrário vou ser um bandido. Você sabe que quando a gente passa pela convenção tem que registrar no TRE um plano. Tem gente que faz um plano da cabeça dele e registra. Goiânia cresceu de forma desordenada e obedece a uma lógica de que a cidade virou um comércio e mercadoria. O que se tem de mau trato na saúde de Goiânia é algo extraordinário”, explicou.
Reinaldo Pantaleão mencionou alguns problemas da cidade. “A verba da saúde que o prefeito fala que está gastando 23%, está gastando muito mal. Goiânia é uma complexidade. A questão do transporte coletivo, ele hoje está praticamente em segunda opção, eles optaram pela indústria automobilística. Essa indústria impõe. Goiânia precisa ser, repensada e analisada dentro da sua história. A Saúde do jeito que está não pode ficar. Temos que criar um hospital municipal, ampliar processos para bairros como processo de descentralização. Estamos defendendo que a prefeitura de Goiânia tem que ter convênios”, salientou.
