A cidade aguarda a volta do velho Ministério Público, mas o fato é que até agora foi em vão. Espera-se um Ministério Público aguerrido,
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que se importe com a poluição visual;
que promova Ação Civil Pública para conter os abusos;
que impeça as construções a poucos metros de córregos como o Caveirinha;
que combata as mudanças pilantras no Plano Diretor;
que clareie os subterrâneos da Assembleia Legislativa e dos Tribunais de Contas do Estado, TCE, e dos Municípios, TCM.
O goianiense está carente de promotores aguerridos, como os integrantes do Ministério Público de Goiás sempre se mostraram: sem medo, sem amarras, sem preguiça.
A população deseja procuradores de Justiça que andem pela cidade e sintam o que o ar-condicionado dos gabinetes esconde: Goiânia fede, Goiânia adoece, Goiânia está doente. Quem espalha o mau cheiro e semeia os males são as empresas poluidoras.
É preciso se revoltar contra o erro, mas a revolta do povo acaba no máximo em grito. A revolta do Ministério Público acaba em ação na Justiça. Gritar é bom, mas o que funciona é acionar.
O Ministério Público está com chefe novo. Lauro Machado assumiu no início do mês passado e continua submerso. É um engano. Procurador-Geral tem de colocar a cabeça de fora, para o povo saber que seu protetor está ao alcance do grito. Lauro Machado é honesto e foi o primeiro colocado na preferência dos colegas. Para ser o preferido também do povo, basta ser o inimigo número 1 dos vagabundos que querem destruir Goiânia.