Depois de duas semanas de muita tensão, desconfiança, reuniões e cobrança, o Vila Nova venceu o Guarani por 1 a 0, no estádio Serra Dourada. Se manteve vivo na briga por uma vaga a próxima fase e eliminou o time de Campinas-SP. Com certeza, este será mais um capitulo da história vilanovense quanto a jogos inesquecíveis e de superação. Não por uma linda jogada, por dribles, habilidade ou técnica, mas pela demonstração de raça. Acredito que houve a resposta a muitos torcedores que me abordavam com a mesma pergunta: Esse elenco quer ganhar? A resposta foi dada em campo a torcida.
Além de um belo gol com um chute de fora da área do Thiago Marin e da disposição dos jogadores que não afinaram para a violência praticada pelos jogadores do Guarani, vale destacar que enfim, Toni quase não trabalhou. Thiago Cametá começou a ser mais atuante. Neto Gaúcho voltou e as vitórias voltaram – Boa coincidência. Alan e Robston estiveram abaixo do restante da equipe. Osmar se aproximou do mesmo jogador do 1º semestre. Thiago Marin arriscou e se deu bem. Romerito continua o mesmo “touro” de sempre – foi necessário quatro jogadores para pará-lo no 1º tempo. Embora ainda prefira o Frontini no ataque, Rodrigo Dantas, mesmo no limite, fez boas jogadas.
Diante deste contexto, a emoção dos jogadores com o gol e ao final do jogo, eu fiquei a pensar num aspecto. Eu estou percebendo que estes jogadores estão encarnando o espírito do clube que aos poucos está sendo restaurado. Levar o Vila Nova a Série B, profissionalmente, significará mais que uma premiação por resultado, a renovação de contrato para a próxima temporada e mais espaço no cenário nacional que pode ser proporcionado. Neto Gaúcho, Osmar, Robston, Romerito e Frontini há muito tempo não escondem este desejo de ficar e vestir a camisa colorada. Quem sabe aí não está a tão sonhada base para que o time possa ser grande dentro e fora dos gramados…
ARBITRAGEM
Sempre fui muito reticente quanto a quantidade de teorias da conspiração que são criadas e fomentadas dentro do futebol. Não que eu não acredite no potencial “bélico” de algumas pessoas, mas todos os erros serem justificados desta forma é exagero. No sábado, o árbitro carioca que está filiado a Federação Paranaense de Futebol, Felipe Gomes da Silva foi muito mal.
O histórico dele não é nada bom. Foi afastado no Rio de Janeiro por deficiência técnica em jogo entre Flamengo e Boavista no estadual 2012. Neste ano pegou um gancho por problemas disciplinares na partida entre Londrina e Coritiba. Embora ele não tenha marcado 3 pênaltis a favor do Londrina, a FPF entendeu que ele não foi rígido como deveria. Passou por reciclagem nas duas oportunidades e pouco adiantou. No Serra Dourada, ele deixou com que a zaga do Guarani agredisse com frequência os jogadores do Vila Nova. Júlio Cesar, Paulão e Edmilson bateram até na sombra. E é com isto que a diretoria do Vila deve se preocupar – a escolha de árbitros mais experientes e mais qualificados para este momento de decisão. O sorteio ocorre nesta terça-feira.