Bolsonaro durante visita à Goiânia. Foto: Samuel Straioto- Sagres On

Acabou o processo eleitoral. Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente do Brasil. O povo colocou o PT na condição de oposição. Em Goiás, a população impôs uma derrota ao “Marconismo”, com os fracassos eleitorais de José Eliton e Marconi Perillo, ambos do PSDB, o primeiro tentava reeleição ao governo e o segundo buscava vaga no Senado. E a pergunta que faço: O que faremos nós eleitores a partir de agora?

Para quem no começo do ano achava que o brasileiro iria se envolver com Copa do Mundo e se esquecer das Eleições, a coisa não foi bem assim. O clima de patriotismo no torneio futebolístico foi mais fraco do que em anos anteriores, a “seleção” foi mal, o brasileiro “virou a chave” e passou a discutir o processo eleitoral.

O problema que é esta eleição foi a “eleição do contra”, contra o PT e seus apoiadores taxados de comunistas ou esquerdopatas, contra Bolsonaro e seus defensores, denominados Bolsominions, coisos, bozos, etc. E ainda contra as duas principais candidaturas. Pouco foi o debate proposito, por culpa dos candidatos, mas também nossa que não questionamos a eles muitos assuntos.

Passou a eleição, Bolsonaro ganhou. A partir de janeiro assume a presidência. A missão dele é super difícil, pacificar politicamente um país, e resolver os diversos problemas. As finanças podem ser classificadas como uma bomba relógio, se não houver comprometimento com as contas públicas, o país quebra. Pro ano que vem há uma previsão de déficit de R$ 150 bilhões. Que Bolsonaro tenha sucesso nessa jornada.

E nós eleitores? Temos quatro anos para acompanhar este governo. Quatro anos para fiscalizar. Para quem votou em Bolsonaro não basta apenas tirar o PT, mas analisar de perto o novo presidente para que os erros do passado não sejam cometidos. Para quem votou em Fernando Haddad, respeitar o resultado das urnas e verificar se o PT escolhido para ficar na oposição está cumprindo o seu papel dado.

Para quem não votou em nenhum deles, não se ausente do debate. É muito comum ouvirmos a colocação: “Não gosto de política”, ou então, “ainda bem que a política acabou”. Não! Apenas o processo eleitoral se encerrou, mas a política continua. A política se faz necessária, pois são decisões políticas que interferem no nosso dia a dia, na Saúde, na Educação, na Economia. Podemos não gostar dos políticos.

Vamos fiscalizar os que nossos representantes que foram eleitos vão fazer. Não devemos esquecer em quem votamos na eleição passada, para cada um dos cargos. E se eles não cumprirem com as promessas, com as nossas expectativas, que sejam punidos daqui a quatro anos, caso tentem à reeleição. O pleito passou, os problemas estão aí e que os eleitos procurem resolver as questões.