Em carta aberta divulgada nesta quinta-feira (28), a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) procurou desfazer os equívocos relacionados à apreensão de pesquisadores e eleitores na noite de quarta-feira (27), em Anápolis, sob alegação de “compra de votos”. Segundo diretora executiva da entidade, Marisa da Camara Maluli, que assina o documento, é “praxe” o pagamento de despesa ou distribuição de brinde em pesquisa qualitativa.

“Fomos vítimas de um equívoco”, diz proprietário do Instituto Verus

Nesse tipo de procedimento, também conhecido como “Grupo Focal”, oito a dez pessoas são reunidas em salas previamente preparadas com espelho “one-way”. Elas são provocadas a discutir um determinado tema e suas reações são gravadas e estudadas. O método é usado tanto com finalidade eleitoral quanto comercial. Outro procedimento, chamado de “Entrevista em Profundidade”, consiste em pesquisar o eleitor ou consumidor individualmente.

“É comum/praxe o pagamento de despesa com deslocamento dos entrevistados em pesquisa qualitativa, de qualquer natureza, realizado pelos institutos de pesquisa, tanto no Brasil, como no exterior”, informa Marisa.

Ainda de acordo com ela: “É comum a distribuição de brindes nas pesquisas com comparecimento ‘in loco’, bem como é comum o serviço de alimentos e bebidas aos entrevistados, durante os trabalhos, pois o mesmo requer a permanência dos entrevistados durante três horas (em média) numa sala de discussão.

A diretora da ABEP alerta ainda que a entidade segue um código de ética internacional. Todas as empresas filiadas — entre elas, as goianas Grupom, Serpes e Verus e as nacionais Ibope, Vox Populi e Datafolha — estão subordinadas a esse Código de Ética, ao Estatuto da ABEP e ao Código de Auto-Regulamentação da indústria. Os documentos estão disponíveis no site da entidade: www.abep.org.