A grande rivalidade entre dois times de futebol em vários momentos ficaram alvo de grande repercussão. Principalmente quando há confronto direto entre as equipes ou, se o interesse de um choca diretamente com o outro. E quis o destino que um desses capítulos históricos das grandes rivalidades fosse escrito no encerramento do primeiro turno do Campeonato Goiano, mesmo sem que Goiás e Vila se enfrentarem.
A questão gira em torno do possível rebaixamento do Vila Nova para a Divisão de Acesso do Goianão, já que um dos grandes concorrentes do time na luta pela sobrevivência é o Crac de Catalão, que enfrenta o arquirrival Goiás na última rodada da primeira fase do estadual. O resultado desse jogo pode influenciar diretamente na permanência ou no rebaixamento do Vila Nova. Para inflamar a situação, o Goiás entrará em campo com o time reserva, já que está classificado para as semifinais e, como previa no planejamento feito no início do ano, poupará os titulares para a fase final.
Assim, vários jogadores que não vinham atuando como titulares terão chances de entrar em campo desde o início dos 90 minutos. Um caso é o do volante Abuda, que estava emprestado para a Aparecidense no ano passado e reintegrou o elenco do Verdão para a temporada. Com vontade de provar seu valor, Abuda comemora a chance: “O jogo contra o Crac é, sem dúvida, o momento mais esperado por mim desde o início do ano. Estou trabalhando forte e sabia que uma hora a oportunidade viria. Chegou o momento e agora é mostrar que estou preparado”, comenta o volante.
Sobre a polêmica levantada em torno do resultado favorecer ou não a situação do maior rival, Abuda rechaça a hipótese do Goiás “tirar o pé”, já que o resultado não altera sua condição no campeonato. “Venho escutando que para o nosso time o jogo não tem valor, na verdade é ao contrário, tem muito valor. Vão entrar em campo vários jogadores que terão a primeira chance, é a hora de todos nós mostrarmos para o que viemos e ninguém vai desperdiçar isso. Não tenho dúvida que vai ser um jogo normal, independente da ocasião, estamos focados na vitória”.
Além disso, ele ressalta que o Goiás é um time profissional e confessa que não aprova esse tipo de “corpo mole”. “Não interessa a situação, temos que ter espírito esportivo e compromisso com a verdade, tem que haver sinceridade do início ao fim. Não só no futebol, esse tipo de postura não é correto e tenho certeza que o Goiás fará o seu máximo. O rumo das outras equipes elas próprias terão que traçar. Aqui dentro pensamos só no Goiás”, declara Abuda.