O Presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Edilberto Dias, em entrevista ao programa A Cidade Fala, da Rádio 730, afirmou ter acabado os chamados “super salários” na companhia. O ex-Controlador Geral do município, afirma que, quando ainda exercia a função, divulgou as listas de cargos e salários da Comurg, e que teve acatado pelo prefeito Paulo Garcia (PT) o pedido de corte dos pagamentos que excediam o teto do próprio prefeito. Segundo Dias, pelo menos 50 servidores recebiam os altos valores.

“Nós cortamos no teto do prefeito todos os salários. Então hoje não tem nenhum servidor da Comurg que receba mais que o prefeito de Goiânia, que é o salário de R$ 19 mil. Era umas 50 pessoas, na época. Elas foram à Justiça e perderam, e a administração está negociando para receber de volta esses salários que foram pagos a mais. A era dos super salários acabou e nunca mais vai voltar”, afirma.

Em sua gestão, que teve início no último dia 20 de novembro, com o discurso de intensificação da limpeza na capital, o presidente afirma que as multas e notificações aplicadas a proprietários que deixarem acumular lixo e entulhos em lotes baldios deverão ser pagas em até 30 dias, sob pena de serem negativados após este prazo.

“Nós vamos limpar o lote e vamos cobrar essa limpeza, pode ser de R$ 2 mil a R$ 20 mil, dependendo da quantidade do lixo e do tamanho do lote. Nós vamos multar e se a pessoa não pagar em 30 dias nós vamos negativar no Cadim e no Serasa, em parceria com a Secretaria de Finanças, e o acordo que nós fizemos com o Ministério Público do Estado de Goiás, vamos negativar os cidadãos que devem, que sujam e não limpam seus lotes”, reitera.

De acordo com Dias, a punição será aplicada a exemplo do que já acontece com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cujo atraso no pagamento após 30 dias faz com que o devedor fique negativado junto aos órgãos de proteção ao crédito.