(Foto: Divulgação)

A Enel assinou nesta segunda-feira (26) um termo de compromisso com o governo Estadual e Federal para ampliar em 26% a capacidade da rede de distribuição nos próximos três anos. A empresa se comprometeu em melhorar as perdas na distribuição da rede atual e também a aumentar o número de conexões rurais. 

Inicialmente, as medidas representarão um aumento em 486 megawatts (MVA) na capacidade de distribuição de energia, até o início de fevereiro de 2020. Segundo a empresa, até 2022, serão acrescentados cerca de 1.500 MVA ao sistema elétrico, o suficiente, por exemplo, para abastecer as cidades de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e todos os 28 municípios da Região Metropolitana.

O plano prevê a construção de 17 novas subestações, para atender 27 municípios, entre Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Mineiros, Rio Verde, Niquelândia, Luziânia, Senador Canedo e Iporá. Também está prevista a ampliação e reforma de outras 130 subestações. Outro ponto do acordo é a aceleração das conexões dos clientes rurais. Atualmente, são 21.300 conexões pendentes, valor que deve ser reduzido para 15.600 em 2020 e para 6 mil em 2021. 

A Sagres apurou que para atender ao acordo a Enel teria de investir R$ 80 milhões em 2019 acima do que estava previsto no plano emergencial que havia proposto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Já em 2020 o investimento aumentaria em R$ 400 milhões. Isso significa aumento de 10% e de 50% em 2019 e 2020 respectivamente. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEDI), Adriano Rocha Lima, disse em entrevista à Sagres 730, nesta terça-feira (27), que a grande preocupação é de fazer com que essa ampliação de capacidade, ela comece a acontecer o mais rápido possível. “Batalhamos para trazer esse aumento de capacidade para um curto prazo”, afirmou. “Agora, nós temos metas mensais que já começa com entregas agora e continua mês a mês em 2020”, completou.

O secretário pontuou que as medidas vão atender principalmente a demanda reprimida em torno de 462 megawatts (MVA). “Quando tínhamos esse plano anterior que a Enel havia apresentado, em fevereiro, essa demanda reprimida cairia de 462 MVA para 370 MVA no ano que vem”, disse. “Com esse novo plano ela passa a cair para 147, então assim, nós tivemos uma melhora substancial da demanda reprimida, o que vai sobrar para ano de 2021 é pouco” completou.

Em termos de deficit reativo, o secretário disse que é um tema que havia sido discutido com a Enel. “Aquilo que o Estado vinha pedindo, que a Enel deveria entregar ainda em 2019 uma capacidade adicional para corrigir esse deficit reativo, que é hoje de 486 MVA, ela havia prometido 92, agora nós temos até fevereiro de 2020, 407 dos 486 MVA”, explicou. “Então nesses dois primeiros indicadores teremos com esse plano uma capacidade adicional no curto prazo”.

Outro ponto importante do acordo, segundo o secretário, são as conexões rurais, que vinham sendo feitas na base de 1.300 a 1.400 conexões rurais novas por ano, frente a uma demanda reprimida de mais de 20 mil. “Agora a Enel se disponibilizou atender até 10 mil conexões novas por ano, que é um salto muito grande em relação ao que ela ia fazer”, afirmou.

O secretário ressaltou que o termo de compromisso foi um grande passo, mas que o desafio não terminou. “Na realidade, eu sempre digo que é a parte mais fácil, apesar de ter sido muito trabalhosa”, avaliou. “Temos que tirar do papel e colocar na prática, para isso contamos com o apoio de todos os que participaram da assinatura desse acordo”, concluiu. 

Ouça a entrevista na íntegra:

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