Apenas o fato de estar no clube há quase 10 anos já é determinante para a imagem de Adson Batista se confundir com a do Atlético. E essa imagem, que poderia se desfazer com uma saída em 2015, tem tudo para ficar ainda mais visível e reforçada. Depois de algumas reuniões no clube, o nome do atual diretor de futebol é uma das principais hipóteses para se tornar presidente executivo do Atlético em 2015.

Adson participou do programa “Debates Esportivos”, da 730, nesta quarta-feira, e não quis confirmar que é o principal “candidato”, mas também não descartou a possibilidade. O diretor de futebol, que está no Atlético desde 2006, explicou que o clube terá a melhor saída e que tudo está sendo bem desenhado pelo vice-presidente, Jovair Arantes.

“Não tem nada definido, a gente tá conversando. O Jovair é o nosso comandante maior nesse momento, mesmo porque o Valdivino, por questões particulares, quis se afastar, está discutindo essas situações para que a gente busque o melhor. Problemas temos muitos, mas o Atlético é um clube viável, clube que tem condições de dar continuidade no trabalho. Temos discutido essas questões, conversado de maneira intensa e nós temos muitos nomes interessantes, nada definido”

Adson entende que, se não for ele, muitos outros rubro-negros tem condições de assumir o clube com a tarefa de ser presidente. O diretor de futebol, que revela já tem um planejamento traçado para a próxima temporada, deu a entender que a tristeza pela não conquista do acesso já passou e que o momento é de trabalhar muito para sair dessa situação.

“Nós somos um grupo, temos que avaliar várias situações. O que o Atlético não pode é ficar se apequenando, pedindo de joelhos um ou outro para comandar o clube, eu enxergo que há várias possibilidades, estamos buscando alternativas, não dá pra ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem. As eleições serão definidas nos próximos dias, não tem nada definido, mas tenho a esperança que o Atlético vai ser forte”

Muito misterioso em suas declarações, Adson só se mostrou aberto para falar da saída do presidente Valdivino de Oliveira, a qual ele não concordou. O diretor de futebol entende que o presidente foi radical demais com o episódio dos pichadores no CCT do clube, gota d’agua para sua saída, mas entende que Valdivino não foi o mesmo de outros tempos nessa temporada.

“É uma pessoa que foi muito importante e acho que não deveria ter agido da forma que agiu. Ele não poderia ter saído dessa forma do clube, acho que ele teria que continuar, porque foi uma pessoa muito importante, principalmente lá atrás. Nesse momento, ele se posicionou de uma forma muito radical e acho que não seria a ideal. Nesse último mandato, ele não tava mais com disposição de continuar, ele não foi o Valdivino dos outros anos”