(Foto: Divulgação) 

Americano não gosta de futebol, ou o “soccer” como é chamado por aqui. A frase não é verdadeira, tendo como base a repercussão do fato da seleção local não ter alcançado uma vaga na Copa do Mundo de 2018. Até hoje a eliminação para o Panamá é vista como um vexame pelos analistas.

 A responsabilidade pela não ida a Rússia recaiu sobre o comando da federação local e, principalmente, em Jurgen Klinsmann, técnico que dirigiu o “US Team” por seis anos. Não era o alemão o treinador na fase final das Eliminatórias da Concacaf (a equipe era dirigida pelo veterano Bruce Arena), porém o trabalho do ex-atacante era a base.

 Passada a eliminação, o trabalho dos americanos agora volta-se para um ciclo mais longo; o objetivo é chegar na Copa do Mundo de 2026 com uma seleção capaz de brigar pelo título. A meta pode soar ousada demais para um país que alcançou as quartas de final uma única vez (em 2002) na era moderna do futebol. Em 1930, primeiro Mundial da história, os Estados Unidos ficaram em terceiro.

 Mas eles não brincam em serviço. A Copa volta para cá em 2026, em candidatura vencida ao lado dos vizinhos México e Canadá – a maior parte dos jogos será aqui, incluindo todos a partir das quartas e, claro, a grande decisão.

 O projeto de oito anos demanda primeiro a escolha de um treinador. Hoje contra o Brasil, os americanos serão novamente dirigidos por Dave Sarachan, treinador interino. Isso não quer dizer que a seleção local está enfraquecida. É um grupo jovem (média de 23 anos), que recentemente arrancou bom empate contra os franceses em Paris (1×1) – amistoso pouco antes dos “Le Bleus” seguirem para a campanha do título da Copa.

 A boa notícia para a seleção brasileira é a ausência do principal jogador americano: Cristhian Pulisic, atacante do Borussia Dortmund, está lesionado e por isso não foi convocado. Outra curiosidade é a presença de Tim Weah, filho de George Weah, ex-atacante e atual presidente da Libéria – ídolo de Milan e Olympique de Marselha. 

Tim Weah era da base do PSG e recentemente foi promovido aos profissionais do clube, sendo companheiro de Neymar, Marquinhos e Thiago Silva.