Por 21 votos a favor e nove contrários os vereadores aprovaram o relatório do vereador Mizair Lemes Junior (PMDB), que condena as atitudes de Djalma Araújo (PT). O processo contra o petista foi aberto pelo presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), no Conselho de Ética, depois que os dois tiveram uma discussão no plenário da Casa.

A decisão do Conselho resolveu um Censura Pública a Djalma, que é uma advertência sobre a conduta do vereador. A condenação não implica em restrição da atividade de Djalma.

Ouça um trecho da discussão ocorrida em março deste ano e que causou o processo no Conselho de Ética.

Segundo o presidente, Djalma teria proferido ofensas morais contra ele com palavras como “corrupto, safado, malandro, vendido, ladrão, dentre outras palavras de baixo calão,” segundo a denúncia feita por Clécio.

O relator do processo, Mizair Lemes Júnior, explica como foram colhidas as provas que resultaram na conclusão de quebra de decoro. “Na condição de relator eu procurei obter todas informações que poderiam acrescentar ao processo. Buscamos informações de vídeo, de filmagem e taquigrafia da câmara e o mais importante, que enquadrou pela reprovação da conduta do vereadores, foram os testemunhais,” afirmou.

Djalma Araújo discorda da decisão e afirma que vai recorrer. “Achei equivocado. Eles querem calar uma voz que defende a população, contrariando a Constituição Federal. O vereador tem inviolabilidade em sua fala em plenário. Foi um ato corporativista dos vereadores. Eu achei um ato autoritário,” critica.

A decisão de Censura Pública será transformada em resolução e enviada também ao diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, ao qual Djalma ainda é filiado.