A Agência Internacional da Associação de Transporte Aéreo criticou nesta segunda-feira (19) a reação dos governos europeus em relação aos impactos causados pela erupção do vulcão Eyjafjall no setor. Para a entidade, faltou a avaliação precisa sobre riscos e ameaças. Pelas estimativas da entidade, o prejuízo diário é de cerca de US$ 200 milhões.

Segundo o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani, faltou também coordenação por parte das autoridades públicas. “Estamos longe o suficiente para encerrar esta crise. Por isso, expressamos nossa insatisfação sobre a forma como os governos não fizeram qualquer avaliação de risco, sem consulta, sem coordenação e sem liderança”, disse Bisignani.

O diretor-geral da Associação criticou a decisão de alguns governos europeus de fechamento do espaço aéreo. “Isso significa que os governos não têm tido a responsabilidade de tomar decisões claras, baseadas em fatos. E estas decisões foram tomadas sem consulta adequadamente as companhias aéreas”, disse Bisignani.

Bisignani lembrou que as empresas aérea têm como prioridade a questão de segurança e que os voos não seriam autorizados sem essa certeza. “Segurança é nossa prioridade máxima. As companhias aéreas não vão voar, se não for seguro. Tenho consultado as nossas companhias aéreas, que normalmente operam no espaço aéreo afetados. Eles relatam as oportunidades perdidas para voar com segurança”, disse ele.

O diretor-geral pediu uma reunião urgente da Organização da Aviação Civil Internacional, Icao na sigla em inglês. A Icao é a agência especializada das Nações Unidas para definir a responsabilidades. Segundo ele, será o momento de discutir sobre a abertura ou fechamento do espaço aéreo de forma coordenada e eficaz baseada em dados reais e os procedimentos operacionais especiais.

Fonte: Agência Brasil