A Delegacia de Atendimento à Mulher do munícipio goiano de Águas Lindas, registra 80 casos de agressões domésticos por mês. Isso significa que são registrados, pelo menos, dois casos por dia. De acordo com os policiais, até seis queixas em menos de 24 horas, já chegaram até a delegacia.

Por ano, a estatística assusta: são 960 mulheres agredidas, de acordo com a coordenadora do Centro de Apoio à Vítima de Crimes de Águas Lindas, Rosa Maria dos Santos.

Rosa participou nesta segunda-feira (2) de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, a primeira de uma série de audiências que pretende discutir alternativas para o desenvolvimento autossustentável e a geração de emprego e renda na divisa de Goiás com o Distrito Federal.

A audiência também teve a participação de representantes do governo do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança, que está reforçando o policiamento na região do Entorno, uma das regiões mais violentas do país.

As mulheres vítimas de violências em Águas Lindas não contam com uma casa de passagem para acolhê-las e, por isso, ficam ainda mais desprotegidas, explicou Rosa Maria dos Santos. As estatísticas da Delegacia de Atendimento à Mulher, segundo ela, mostram a gravidade do problema.

“Principalmente porque o governo federal acabou com o projeto que havia sido implantado no município para atendimento das vítimas de violência, que era vinculado à Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça”, segundo ela.

Agência Brasil