Na última quinta-feira, no CT Toca do Tigre, o Vila Nova realizou um amistoso de portões fechados contra o Capital-DF e ganhou por 3 a 0, com destaque para o atacante Lucas Silva, que marcou o primeiro gol e deu uma assistência para Dimba fazer o segundo, enquanto Gilsinho fechou o placar. Esse foi o segundo teste do treinador Ariel Mamede após o jogo-treino contra a equipe sub-20 antes da Copa São Paulo.

Na próxima semana, a equipe, que faz um trabalho de pré-temporada desde o último dia 16 de dezembro, terá mais dois compromissos antes da estreia oficial, contra o Anápolis, no dia 22, às 20h30, no estádio Jonas Duarte, em partida válida pela primeira rodada do Campeonato Goiano. Na quinta-feira (16), enfrenta o Brasiliense-DF e volta a campo no sábado (18), contra o Real Brasília-DF.

Ariel Mamede (Foto: Charllie Pereira/Sagres On)

Com quase um mês de trabalho, Ariel Mamede faz “uma avaliação muito positiva, levando em conta os jogadores que chegaram e o pouco tempo que estão conosco, pela maneira que aderiram a nossa ideia e colocaram em prática algumas situações. De uma maneira mais ampla, falando do dia 16 para cá, vemos um desenvolvimento muito grande quanto à velocidade do jogo, então seguimos otimistas para essa preparação”.

Enquanto busca o aprimoramento físico e tático do time, o treinador também precisa definir algumas situações, como a do capitão. Por exemplo, o seu auxiliar Robston destacou recentemente a figura do zagueiro Adalberto, de 32 anos, em que comparou com a liderança que o próprio teve em 2015, quando o Vila Nova foi campeão da Série C, missão que terá nesta temporada novamente.

“Temos traçado alguns perfis de capitães. Existe um capitão do vestiário, um capitão da liderança técnica, um capitão que tem uma palavra um pouco mais sensata em momentos difíceis. Na verdade, esse capitão vai se moldar durante a preparação. O Adalberto, desde quando trouxemos, era um cara que imaginávamos que poderia ser e é um dos líderes, e isso ele demonstra diariamente”, avalia Mamede.

O treinador ainda ressalta que “não é só ele, temos o Bambu, que tem uma liderança positiva, o Gilson, um cara muito inteligente, que tem uma cultura muito boa de jogo e consegue transparecer isso muito bem, o Celso, que é uma liderança técnica. Não temos essa definição de ‘o capitão’, mas já temos uma equipe de liderança, talvez defina um ou possa alternar quem vai ser nos jogos”.

Entre os mais experientes do grupo, Adalberto, Pedro Bambu e Gilsinho podem ser a as lideranças dos seus setores, respectivamente, defesa, meio-campo e ataque. Ariel frisa que “tínhamos a expectativa de ver se eles trariam isso para o campo e o treino. E não só eles, seria Fabrício, Adalberto, Bambu, Celso, Gilson e Nando. É uma espinha que trouxemos pensando nisso, e eles vão conseguir corresponder aquilo que imaginávamos agora no dia a dia”.

Além do capitão, resta em aberto a definição do camisa 1. No clube desde 2019, Clériston parece iniciar na frente, mas o treinador destaca que “não temos essa definição. Trouxemos o Fabrício para brigar para jogar, mas hoje dentro do treinamento ainda não temos uma clareza. A nossa ideia, em princípio, é manter isso até o jogo do Brasiliense e a partir dali ter uma definição de quem vai jogar e ter sequência no gol”.

Para chegar a uma definição, Ariel Mamede conta também com a colaboração dos seus auxiliares, especialmente de Lauro, ex-jogador colorado e hoje preparador de goleiros. O treinador afirma que “o Lauro é peça importante da equipe. Na verdade, em todas as circunstâncias fazemos isso, com Robston, Higo e Lauro. Óbvio, é o especialista e a opinião dele vai ser levada muito em conta. Quem vai tomar as decisões sou eu, a responsabilidade é minha, mas com certeza ouvindo toda a equipe devemos tomar a decisão”.