Deverá ser realizada nos próximos dias na Câmara Municipal uma audiência pública sobre o funcionamento do Uber X, serviço de transporte que atua em Goiânia desde o último dia 29 de janeiro. A sessão ainda não possui data definida, mas já foi autorizada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O vereador Carlos Soares (PT) apresentou um projeto que regulamenta o aplicativo de transporte na capital. Sobre o documento, ele informa os requisitos previstos para que os veículos circulem pela cidade, e teme que haja um desequilíbrio por conta da quantidade de automóveis.

“Que tenha curso de direção, poucos pontos na certeira, e temos que definir como será a exploração, porque não temos muito claro nessas audiências públicas, pois tem que ter um limite de veículos, já temos 600 Uber, daqui a pouco são 3 mil, isso desorganiza o mercado”, afirma.

O prefeito Paulo Garcia (PT), afirma que abrirá uma consulta pública para ouvir a opinião da população sobre o tema, e declarou que deve iniciar os trabalhos já nesta quarta-feira (24). “Devo abrir ao diálogo a partir de amanhã com todas as forças sociais, onde nós devemos fazer uma consulta pública para ver o que a cidade quer”, relata.

Para o presidente da CCJ, o vereador Elias Vaz (PSB), a prioridade é a regulamentação do Uber em Goiânia. Para Vaz, o serviço não pode ser executado na cidade sem a autorização e regulamentação do poder público.

“Não pode qualquer pessoa operar num sistema desse que não tenha o controle do poder público. O poder público tem que ter controle de limite de tarifa máxima. Por exemplo, hoje eles podem aplicar uma tarifa baixa e amanhã ter uma tarifa muito superior. Então a gente tem que ter esse tipo de organização”, frisa.

Uber pode se tornar intermunicipal

Tramita desde a semana passada na Assembleia Legislativa, um projeto que visa à regulamentação do Uber em Goiás, e que pode fazer com que o serviço atenda demandas de um município para outro. Autor do projeto, o deputado estadual Jean Carlo (PHS) explica as bases de sustentação para normalizar a operação do aplicativo, e pondera que é favorável e que utiliza o serviço.

“É um projeto interessante, inovador, e somos favoráveis ao Uber, porém precisa ser regulamentado. É um projeto internacional, que está sendo distribuído no mundo inteiro e precisa se adequar à legislação e às obrigações de cada país. Ele não pode entrar da forma precária como entrou. É uma opção a mais, mas tem que ir além disso”, conclui.

Com informações dos repórteres Priscylla Borges e Vinícius Tondolo.