Tive apenas um contato direto com Alan Mineiro e ele nem vai lembrar. Conversa rápida no Onésio Brasileiro Alvarenga. Em um dia de treino, eu estava próximo a uma placa de publicidade e ele batendo bola.

Puxei papo e perguntei se ele gostava de Goiânia e o meia me respondeu que sim, tanto ele com a esposa e filho. Na conversa descobrimos que morávamos no mesmo setor, fiz outros questionamentos e logo ele voltou as atividades.

Essa relação entre imprensa e jogador é algo raro, mas da forma muita educada como me tratou, aumentei meu respeito.

Alan Mineiro é um daqueles jogadores que conseguiu criar uma identidade com o clube e virou ídolo de forma rápida no Tigrão.

É claro que seu aproveitamento nos clássicos em 2017 e 2018 contribuiu para isso. Nenhum jogador foi tão carrasco do Goiás em um curto espaço de tempo como o camisa 10.

Se tornou referência no elenco e a maior esperança do torcedor. Por isso sempre é mais cobrado.

Seu desempenho em 2019 decepcionou. Ele não rendeu nem 30% em relação as duas últimas temporadas.

Alan tem consciência disso e se sentia em dívida com os vilanovenses.

Ele queria pagar essa dívida.

Sua atitude de pedir para jogar, mesmo sem estar no melhor da sua condição clínica e física é uma prova de amor e respeito ao Vila Nova Futebol Clube.

Foi para o sacrifício e estourou – como é dito na linguagem da bola.

A notícia da necessidade de cirurgia e principalmente o período de oito meses para recuperação é triste para qualquer profissional.

Mas com o Alan Mineiro parece ser mais dolorida.

Boa recuperação para o 10 e que ele possa conseguir voltar em alto nível em 2020.

O futebol goiano agradece.