Em entrevista exclusiva ao coordenador de jornalismo da RÁDIO 730, Altair Tavares, o governador Alcides Rodrigues (PP) que encerra o mandato nesta sexta-feira (31) fez um balanço de sua gestão a frente do Estado, destacando as obras realizadas em todos os setores. Ao comentar a relação com a imprensa, o pepista definiu sua postura como respeitosa. “Sou um democrata. Sempre fui e nunca procurei ter atos de ditador ou dono da verdade. Isso tem que prevalecer, principalmente para quem ocupa cargos públicos”, disse.

“É impossível e incompatível com um homem público não ter uma relação respeitosa com a imprensa. Nunca tive problema com nenhum jornalista ou órgão de comunicação. Isso é muito importante”, lembrou.

No entanto, ele destacou que o estilo “contido” em relação à imprensa, não representa omissão. “As pessoas também precisam entender que não levantar a voz não significa que a pessoa não esteja trabalhando”.

Ações

Em relação às obras realizadas em sua gestão, Alcides deu destaque, durante a entrevista, às ações na área infra-estrutura, educação e saúde. “Obras físicas são inúmeras. Deixamos mais de 800 Km de rodovias implantadas e pavimentadas, fizemos mais de 2 mil Km de restauração de rodovias que estavam deterioradas”, relatou.

“Na área da educação, executamos mais de 600 obras. Um número não alcançado por nenhum governador. Temos 26 escolas Padrão Século XXI de encher os olhos, com estrutura física invejável e mais 11 licitadas e com recursos para execução”, informou ainda.

A ampliação do atendimento do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) também foi lembrada pelo governador. “Triplicamos o atendimento. Não tínhamos nenhuma UTI e agora teremos 20. A área física aumentou e muito”.

Negociação CELG

A não concretização do acordo financeiro com o governo federal para recuperar a CELG foi um ponto lamentado por Alcides. “Tivemos uma negociação que perdurou por mais de três anos. Fizemos o que o seria melhor possível para a empresa, para o Estado, para o funcionalismo público e para as prefeituras”, ponderou.

Para ele, a paralisação da operação foi “nocivo” para a sociedade. “Ações foram feitas para que isso não ocorresse”, disse, lembrando que o próximo governo se mostrou publicamente contra o empréstimo.