A polêmica em torno da alteração do projeto que autoriza empréstimo do governo federal para a CELG gerou um embate político “pesado” durante o final de semana. Aliados do governo Alcides Rodrigues assinaram nota neste domingo, respondendo documento anterior do PSDB, com fortes críticas ao candidato tucano ao governo do Estado, Marconi Perillo, devido à articulação de seu partido na Assembléia para alteração do projeto. 

A nota, que tem 13 tópicos, é assinada pelos pepistas Ernesto Roller, Sandes Júnior, Ozair José, Roberto Cury, Nerivaldo Costa, pelo ex-secretário da Fazenda, Jorcelino Braga e pelo presidente da CELG, Carlos Silva.

Segundo o texto, a alteração no projeto inviabiliza o acordo e decreta a morte da Companhia. “Os aliados do senador-candidato inviabilizaram o esforço de todos, ao longo de meses e meses. Atingem de morte não o governador Alcides e o presidente Lula, mas o coração do desenvolvimento do Estado, representado pela CELG”, traz.

A nota também credita a situação da estatal ao ex-governador tucano que, segundo o texto “definitivamente” quebrou a CELG. “Em vez de assumir seus erros e ajudar a salvar a empresa, o que o PSDB faz é criar obstáculos”, atribui.

O texto nega a acusação peessedebista de que o atual governo não teria sido leal com o partido e argumenta que, mesmo sendo alvo de críticas, o governador nunca limitou o espaço do PSDB do governo. Em alguns pontos, a nota é dura ao rebater os tucanos e o senador Marconi Perillo, candidato ao governo do Estado.

“Agir como um Hugo Chaves do cerrado não fará do senador-candidato do PSDB o governador que os goianos almejam. Ou alguém acredita que os goianos querem políticos que os subestimam?”, questiona.

POSIÇÃO TUCANA

Um dia antes, no sábado, o PSDB havia elaborado nota para responder entrevista do governador Alcides Rodrigues ao Jornal O Popular, na qual ele atribuiu ao partido a responsabilidade pela inviabilização do acordo com a CELG e diz que O PSDB sempre buscou “sabotar” o governo.

A nota tucana acusa o governador Alcides Rodrigues de misturar ações de Estado com questões eleitoreiras.

“O governador agiu de forma desequilibrada, irresponsável e eleitoreira, utilizando-se de mentiras e terrorismo para tentar justificar a sua inoperância administrativa, criando um ambiente negativo ao PSDB e ao seu candidato, líder em todas as pesquisas de intenção de votos”, traz um dos 13 tópicos do documento.

O documento, assinado pelo presidente estadual do partido, Daniel Goulart e por diversos parlamentares, entre eles o próprio Marconi Perillo e senadora Lúcia Vânia, também traz fortes expressões e define o atual governo como “marcado pela preguiça, mentira, dissimulação e desarticulação administrativa e política”.  

O texto ainda acusa o governador de planejar uso duvidoso da primeira parcela do acordo da CELG.