André Pitta – Federação Goiana (Foto: Arthur Barcelos)
Nessa semana, foi realizado o Conselho Técnico do Campeonato Goiano de 2020, em que os representantes dos 12 clubes da primeira divisão definiram os detalhes da competição na próxima temporada. As Feras do Kajuru acompanharam o evento e entrevistaram André Luiz Pitta, presidente da Federação Goiana de Futebol, que comentou sobre os resultados da reunião.
“A avaliação que fazemos é que com as mudanças em virtude da obrigação de permanecer com uma fórmula em um período de dois anos, você tenta não errar. Essa é uma fórmula que teve uma boa disputa, principalmente na nova fase da classificação dos oito, em que trouxe alguns outros atrativos e todos os clubes gostaram, por isso ela acabou sendo mantida. Acho que é importante a manutenção, porque o risco de se errar diminui”, frisa.
A respeito das proposições de Goiás e Atlético para haver mais vantagens para os times de melhor campanha, o dirigente ressalta que “as decisões são todas democráticas, por maioria. É óbvio que com o poder estrutural, financeiro e técnico que o Goiás tem defenda essa ideia, e automaticamente os clubes menores defendam o contrário, porque é a chance que têm de às vezes eliminar o Goiás nos pênaltis e passar à frente na competição”.
“Entendemos que o conselho técnico vem amadurecendo, porque tínhamos conselhos que terminava e o clube saía reclamando da fórmula de disputa que ele acabou de aprovar. Vamos torcer para que montem equipes fortes, a divisão com dois clubes da capital em cada grupo traz vários clássicos, também com o retorno do Anápolis contra a Anapolina, são jogos que vão trazer atrativos para o campeonato”, complementa.
Goiás com time sub-23
Sobre o interesse do Goiás jogar com uma equipe alternativa na primeira parte do campeonato, André Pitta afirma que “o que importa é que é o Goiás, é a camisa do Goiás, até porque sabemos que o Goiás tem responsabilidade com a sua torcida, a imprensa e o futebol goiano. Então ele sabe que a qualquer momento se essa equipe não conseguir ter o resultados, ele tem que reagir, até porque a torcida e ninguém admite que o Goiás não esteja entre os primeiros colocados e disputando título”.
“Entendemos que passa da prioridade de clubes como o Goiás e até o Atlético, que tem todas as condições de acesso à Série A, pensar em um campeonato a longo prazo, pensar no ano todo. É lógico que não queremos que o Goiás sacrifique todo o seu ano, assim como o Atlético, pensando somente no Campeonato Goiano. Entendemos que, dentro de um bom planejamento, chegando em um momento que for preciso do Goiás estar forte, ele vai estar completo”, adverte.
Direitos de transmissão
Na próxima temporada, a FGF TV continuará dividindo as transmissões do Goianão e o presidente da federação avalia a experiência. “Na verdade, vínhamos fazendo na Divisão de Acesso, na Terceira e categorias de base, então tudo era experimental. Esse ano na Primeira Divisão conseguimos buscar patrocinadores para pagar a conta, porque são transmissões caras e a estrutura é de primeira. Esse ano conseguimos pagar a conta e ter um parâmetro, para hoje sair no mercado e buscar parceiros”.
“Conseguimos ter um produto, sabemos o que significa o projeto e as pessoas conheceram o que conseguimos entregar. Então a nossa ideia é que este ano consigamos pagar a conta e comece a sobrar um dinheiro para chegar aos clubes. Se esse dinheiro vai ser pouco ou muito, inicialmente será pouco, até porque é um trabalho que está sendo iniciado, mas acreditamos que no futuro essa será a solução da transmissão do futebol estadual”, completa.
A respeito das transmissões pela televisão e a divisão dos jogos, André Pitta lembra que “tem o contrato com a TV Anhanguera, o contrato está em vigor desde o ano passado e vai ser mantido. A TV Anhanguera vai fazer a transmissão de um jogo por rodada e nós fazemos a transmissão de outro. Ela escolhe o primeiro jogo e tem prioridade no que vai na TV aberta, e na final tem a condição dos dois fazerem o mesmo jogo”.
Árbitro de vídeo
Uma das novidades do campeonato será o árbitro de vídeo, incluído no regulamento. Apesar disso, sua utilização dependerá dos clubes, que precisam arcar com os custos. Perguntado se a federação poderia ajudar, André entende que seria “muito difícil, porque estamos falando de um VAR no entorno de 50 mil reais por partida. Esse é um custo muito significativo em se tratando de buscar parceiros e patrocinadores no campeonato”.
“É óbvio que vamos tentar buscar algumas alternativas que pelo menos nas finais possamos ter. Hoje temos que buscar patrocínio para pagar a arbitragem toda do campeonato, que a federação já faz alguns anos, temos que buscar patrocínio para pagar hospedagens e alimentação das equipes que jogam fora de casa, buscamos patrocínio para pagar o material esportivo de vários clubes que não têm”, adverte.
Clássicos com torcida única
A primeira fase do Goianão terá muitos clássicos, porém os jogos em Goiânia terão torcida única. André Pitta entende que “o estádio do Accioly tem melhorado muito, a mesma coisa da Serrinha e do Onésio, mas as condições estruturais, como o acesso do torcedor fora do estádio, são completamente diferentes do Serra Dourada. No Serra Dourada, você coloca um cara para entrar de um lado completamente oposto do outro, os bares também e temos muita condição de estrutura para fazer essa divisão de torcida”.
“O Serra Dourada vai estar liberado, vai estar pronto? Trabalhamos com a condição de jogarem no seus estádios. Eles jogam no Brasileiro, por exemplo, tivemos Vila e Atlético no Accioly, no ano passado Atlético e Goiás jogaram no Accioly, esse ano também. Sabemos que esses estádios para fazer divisão de torcida e acesso do torcedor é muito mais complicado em questão de segurança, e não podemos deixar que a nossa paixão coloque a segurança do torcedor e outras pessoas em risco”, completa.
As Feras do Kajuru na Sagres produziram um material especial com entrevistas com os dirigentes dos clubes presentes no Conselho Técnico da Federação Goiana de Futebol.
Confira
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