Depois de confirmar três casos de coronavírus em Goiás, o governador Ronaldo Caiado decretou na tarde desta quinta-feira (12) o cancelamento de shows e eventos que aconteceriam no estado e também a proibição de torcedores no estádios durante o período de 14 diasSendo assim os clubes goianos precisarão suspender a venda de ingressos para os jogos da décima rodada do estadual que se inicia neste sábado (14) e terão de se adequar às novas medidas a partir de agora.

Em entrevista à Sagres 730 o presidente da Federação Goiana de Futebol comentou a decisão. Ele esteve reunido com o governador Ronaldo Caiado e com o secretário de saúde do Estado, Ismael Alexandrino, para ter ciência das medidas adotadas.

“É uma decisão exclusiva do Governo, não cabe a nós da área esportiva discutir se é uma medida correta ou não até porque não temos mecanismos técnicos para uma decisão dessa de caráter de saúde. Estamos aguardando para que isso seja oficializado porque até agora foi só uma conversa pessoal e o governador anunciou essas medidas publicamente, mas de qualquer forma precisamos ter conhecimento do documento e das medidas que estão sendo impostas, a forma como foram redigidas para analisarmos e tomar todas as providencias para que sejam cumpridas e gente tente minimizar o risco da contaminação dessa doença”, explicou Pitta.

André Pitta (Foto: Sagres Online)

De acordo com o presidente da FGF, a tendência é que apenas pessoas que têm o trabalho ligado às partidas poderão estar presentes nos estádios. A permissão deve ser limitado às duas delegações, arbitragem, segurança, alguns dirigentes e profissionais de imprensa.

Sem a torcida presente nas arquibancadas os clubes não terão receita de bilheterias, pelo contrário, terão de arcar com alguns custos para poderem utilizar os estádios que são administrados pelo Governo. A situação já foi destacada pelo presidente do Atlético, Adson Batista, e foi comentada pelo comandante da FGF que explicou se os clubes poderão ser isentados de algumas taxas.

“É uma questão que teremos que fazer uma avaliação. A taxa de percentual da FGF é em cima de receita e se não há receita, não há taxa de percentual da Federação. Os estádios normalmente são nesse formato, com exceção agora do Serra Dourada e do Olímpico que foi estipulado contratualmente um valor fixo mínimo para a utilização do estádio e essa é uma situação que deve ser avaliada pelo Governo do Estado para a isenção dessa taxa ou não. O custo que o jogo irá gerar é o custo básico de algumas operações como gandulas e delegado da partida, além dos custos que o clube tem com a organização como a própria iluminação”, disse.

Além dos portões fechados, o futebol goiano também poderá ter consequências mais drásticas nas categorias de base e na disputa da segunda divisão estadual. Pitta revelou à Sagres 730 que não está descartado o adiamento da Divisão de Acesso, que tem a abertura marcada inicialmente para o dia 16 de maio e a divulgação da tabela na próxima semana.

“É uma questão que pensamos com a possibilidade do adiamento, até porque não sabemos por quanto tempo vai perdurar essa situação e temos que ter uma cautela muito grande”, destacou.

Se a probabilidade de adiar as partidas da segunda divisão do Goianão é grande, o mesmo não acontece com os torneios marcados para as categorias de base. Segundo o presidente, haverá uma conversa com os clubes para decidir o melhor caminho para a realização desses jogos.

“Em relação às competições de base nós vamos fazer uma avaliação geral, conversar com os clubes até porque podemos adotar a medida de fazer essas partidas sem público, já que a maioria é realizada nos centros de treinamentos. Se os atletas não estiverem jogando futebol, estarão em outros lugares e fazendo outras atividades. Então acho que a base, fechando os portões e mantendo a competição, pode ser que seja viável. Vamos fazer uma reunião com os clubes para tomar essa decisão”, afirmou André Pitta.

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