Com o fim do Campeonato Goiano 2015, as atenções das equipes, da imprensa e dos torcedores passam a ser para as competições nacionais. Uma das pautas comentadas nos últimos dias no futebol goiano é sobre a possibilidade de participação dos clubes do estado na Copa Verde.
Em entrevista à reportagem da Rádio 730, o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta admitiu que, até então, não existia interesse, principalmente pelo choque de datas com o torneio estadual. “Se os clubes pararem um pouco para avaliar a condição da Copa Verde hoje, todos vão ser contra. É melhor o Goiás enfrentar o Atlético, o Crac ou enfrentar clubes de menor expressão lá fora? Respeitamos todos, mas temos de levar em consideração que, para disputar a competição, no cenário em que está, nós teremos de abrir mão de cerca de oito datas do Campeonato Goiano. Ou seja, o Atlético, Vila, Goiás ou Aparecidense, que hoje estaria classificada para o regional, estariam fora do Campeonato Goiano durante 8 datas. Quer dizer, não iriam disputar rebaixamento, o atrativo financeiro para o campeonato com televisão e o comercial de vendas fica completamente comprometido porque de 18 rodadas, você ter grandes clubes fora por oito, seria prejudicial para o Campeonato Goiano e possivelmente um prejuízo grande futuro”.
O mandatário da FGF ainda destacou que o torneio não pode ser comparado com a Copa do Nordeste, que vem tendo sucesso de público e renda. “É completamente diferente do que é a Copa do Nordeste porque nós sabemos que existe uma rivalidade muito grande entre os clubes de lá e ainda tem o compensador que é o que a televisão paga por aquele campeonato. O público vai naquele tipo de campeonato devido a sua rivalidade, então tem muita coisa em jogo”.
Porém, o presidente reconheceu que as conversas tem avançado. Com isso, as chances de contar com clubes goianos na disputa do regional tem aumentado. “A CBF vem insistindo muito com a FGF (Federação Goiana de Futebol) para que ela libere seus clubes. Colocamos alguns pontos que nós achamos que, se for nesse caminho, pode dar certo. A conversa tem caminhado bem e eu posso falar que, hoje, a chance de nós termos Goiás e Aparecidense na Copa Verde do ano que vem é de, pelo menos, 60 por cento”.
Questionado sobre quais seriam esses pontos, Pitta desconversou. “Alguns pontos em que ela teria de abrir mão para que nós possamos equacionar nosso campeonato com a Copa Verde. Alguns pontos que eu prefiro não citar ainda como seriam encaixados, mas seria ela nos ceder algumas datas que são possíveis para que pudessem encaixar a Copa Verde”.
Perguntando se seria interessante contar com clubes maiores de Minas Gerais, por exemplo, André Pitta reconheceu que seria muito bom. Porém, não se mostrou muito otimista quanto a isso. “Atlético e Cruzeiro, se entrassem na competição, contribuiriam muito. Se for outros clubes, acredito que nem tanto. Acho que algumas coisas tem de ser levadas em consideração. É uma competição que está começando agora, com transmissão da TV, que está começando a ganhar espaço e, quem sabe futuramente, pode se tornar uma competição forte”.