A Polícia Federal deu cumprimento na manhã desta segunda-feira (30), a mandado de condução coercitiva expedido pela Justiça Federal em desfavor de Andressa Alves Mendonça, atual companheira de Carlos Augusto Almeida Ramos, apontado como o líder de organização criminosa investigada na Operação Monte Carlo, bem como a mandado de busca e apreensão em sua residência.

A expedição dos referidos mandados se deu em investigação que apura a possível oferta por parte de Andressa ao Juiz Federal Alderico Rocha Santos de vantagem indevida com o objetivo de obter decisão judicial favorável ao réu Carlos Augusto Almeida Ramos, nos autos da ação penal decorrente da referida operação policial.

A conduta de Andressa amolda-se, em princípio, ao contido no art. 333 do Código Penal, que trata do crime de corrupção ativa.

Na busca na casa de Andressa foi apreendido dois tablets, dois computadores, um telefone celular e anotações feitas por ela. Ela está sendo investigada pelo MPF por corrupção ativa. De acordo com informações da PF ela teria oferecido uma vantagem financeira para o juiz federal. E ainda existem informações que não foram confirmadas, de tentar chantageá-lo com um suposto “dossiê”, que possivelmente seria publicado em uma revista semanal.

Andressa Alves Mendonça prestou depoimento na sede da PF, mas existe uma medida cautelar que a proíbe de falar com qualquer um dos 81 indiciados pela Operação Monte Carlo. Andressa não pode visitar Cachoeira no presídio da Papuda e deve pagar uma fiança de R$100 mil. Se o pagamento não for realizado será decretada a prisão preventiva.