Um crime covarde e bárbaro tem se tornado rotineiro durante as manifestações do Egito, o estupro. Somente na onda de protestos que derrubou o ex-presidente Mohamed Morsi do cargo, foram registrados 180 casos de abuso sexual contra mulheres egípcias que participavam dos atos.

Para tentar conter os ataques, voluntários se mobilizaram para formar círculos em volta de grupos de mulheres para evitar que elas sejam vítimas. Vestidos de amarelo, eles fazem a guarda daquelas que também querem ir às ruas para protestar.

De acordo com número da Anistia Internacional, somente entre o dia 28 de junho e 3 de julho foram mais de 200 estupros. A investigadora da instituição, Diana Eltahawy, diz que abuso sexual não é novidade no Egito, mas o que mudou foi o nível de violência demonstrado nas últimas manifestações.

As vítimas contam que foram cercadas por grupos de homens, que as levaram para o meio da multidão, então foram atacadas.