Eles têm nome, enxoval, certidão de nascimento e rotina nas redes sociais. Os bebês reborn – bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos – viraram febre entre colecionadores e usuários de redes sociais, mas também têm gerado polêmica, especialmente após um caso em Goiânia, onde um casal disputa judicialmente a “guarda” de um desses bonecos.
O Pauta 1 desta terça-feira (20), com transmissão na Sagres TV a partir das 15h, discute esse fenômeno sob a ótica da saúde mental. O programa quer entender: o apego a um reborn pode ser apenas um hobby? Há benefícios terapêuticos? Ou estamos diante de um sinal de alerta psicológico?
Assista ao programa
Para responder a essas questões, o programa recebe a psicóloga Cleide Neves, que analisa os contextos emocionais por trás desse comportamento, os possíveis gatilhos para a adoção simbólica de bonecos e os cuidados que devem ser observados quando o afeto começa a substituir relações reais.
Quando o afeto se torna polêmica
Com valores que podem ultrapassar R$ 9 mil, os reborns viralizaram principalmente por vídeos que simulam a maternidade real. Celebridades como Gracyanne Barbosa e Britney Spears aderiram à tendência, o que contribuiu para o crescimento de uma comunidade ativa nas redes sociais.
Mas o comportamento, que pode parecer excêntrico, também levanta questões importantes sobre solidão, ansiedade, pertencimento e luto não elaborado. Para especialistas, o uso desses bonecos pode ser positivo quando integrado a contextos terapêuticos – mas o limite entre o acolhimento emocional e a fuga da realidade é tênue.
Saúde mental, redes sociais e julgamentos
O programa também discute como a exposição nas redes influencia esse comportamento, o risco da hiperexposição e a necessidade de olhar para o tema com empatia, sem patologizar ou estigmatizar as pessoas envolvidas.
Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas: ODS 3 – Saúde e Bem-Estar e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes.