O caso do massagista Esquerdinha pode ter sido curioso, mas o novo capítulo nesta segunda-feira não teve nenhuma “graça” para a Aparecidense. O time goiano, beneficiado contra o Tupi pelas Oitavas de Final da Série D após o gol impedido pelo massagista, acabou punido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a exclusão da competição. Dessa forma, o Tupi está classificado e a Aparecidense dá adeus ao torneio, mas promete recorrer.
O julgamento, que estava marcado para as 18h, atrasou 3h devido ao caso de doping do jogador Escudero, do Vitória, e só começou por volta das 21h. Defendida pelo advogado do Goiás Esporte Clube, João Vicente, a Aparecidense tentou desqualificar o artigo que o clube havia sido encaixado (o 243-A, que corresponde a atuar de forma contrária à etica desportiva), mas não fez o mesmo para o massagista. A defesa irritou os dirigentes de Tupi e alguns chegaram a deixar o plenário, revoltados com o advogado.
Já a acusação, que foi feita pelo advogado Mário Bittencourt, pediu o enquadramento do clube no artigo 205, que visa punir quem “impedir o prosseguimento da partida” e visa a exclusão do clube. O auditor-relator do processo, Washington Rodrigues, acatou a acusação e abordou que a anulação do jogo seria um benefício ao clube goiano. No fim, foram três votos contra um pela eliminação. Além disso, o massagista Esquerdinha tomou 24 jogos de suspensão e o clube foi multado em R$500.
O Tupi está classificado para encarar o Mixto-MT na próxima fase, mas novos capítulos da briga devem surgir nos próximos dias. A Aparecidense, segundo o diretor João Rodrigues, o Cocá, já garantiu que vai recorrer da decisão nos próximos três dias e um novo julgamento deve ser marcado ainda para o fim desse mês.