João Rodrigues Cocá teme problemas na partida remarcada entre Aparecidense e Ponte Preta (Foto: Marielly Dias)

A Aparecidense vai entrar na Justiça Comum para anular o julgamento que impugnou a partida contra a Ponte Preta pela Copa do Brasil. Dentro de campo, a equipe de Aparecida de Goiânia venceu por 1 a 0, mas a Ponte Preta entrou com ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com alegação de que houve interferência externa no gol que seria o do empate, marcado nos acréscimos, mas que foi anulado após 16 minutos de paralisação.

Insatisfeito após recorrer por duas vezes no STJD, o diretor de futebol da Aparecidense, João Rodrigues Cocá, disse que o clube não pode se omitir neste momento e que vai buscar todas as formas para anular o julgamento.

“Foi uma derrota que eu não esperava. Eu contava com a Justiça, mas vamos buscar todos os nossos direitos. Hoje temos a justiça comum, a Fifa e o Conselho de Ética da CBF. O Maguito foi na CBF ontem e sentou com o diretor da CBF. Eles disseram que nada poderiam fazer. Se eles não podem fazer nada, temos de ir atrás dos nossos direitos”, garantiu.

Entre os passos a serem seguidos pela Aparecidense, o primeiro e mais imediato é a Justiça Comum, situação que não é recomendada pela Fifa. Outras medidas possíveis são ações na Fifa e também no Conselho de Ética da CBF. Porém, como o jogo já está marcado para a próxima semana, as duas últimas estão descartadas pela diretoria goiana neste momento.

Questionado sobre possíveis sanções da CBF por acionar a Justiça Comum, Cocá disse que isso não amedronta o clube.

“O que não pode é a Aparecidense ficar de braços cruzados. O que as pessoas vão falar amanhã? Se a gente tivesse errado, se tivesse cometido um erro, não buscaríamos a justiça comum. Foi algo escandaloso e a justiça comum está aí para reparar. Não tem porque intimidar a Aparecidense, com uma punição da CBF. Nós temos esse direito e vamos buscar”, prometeu.

Enquanto Aparecidense e Ponte Preta ainda travam esta disputa pelo jogo de abertura da Copa do Brasil, a competição já está na terceira fase. Caso os goianos não consigam anular ou adiar a partida, os dois times voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, jogo que preocupa a diretoria do Camaleão.

“Vamos entrar na Justiça hoje e acho que dificilmente vamos ter o jogo na próxima semana. Sabemos como vai ser o jogo, vai ter muita pressão. Acho muito arriscado este jogo. Se não conseguirmos êxito na Justiça Comum, vamos para o jogo, mas a responsabilidade é de quem marca o jogo. Tem de ser árbitro de Série A porque a tendência de ter confusão é muito grande”, concluiu.