Hailé Pinheiro e Maguito Vilela, na arquibancada do Aníbal Batista de Toledo (Foto: Rafael Bessa/Sagres On)

“A Aparecidense foi muito injustiçada, a gente precisava vir dar um apoio para todo mundo aqui. Estamos satisfeitos. A Aparecidense fez uma bela partida”. Foi com essas palavras que o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro, descreveu a situação vivida pela Aparecidense após o cancelamento da primeira partida com a Ponte Preta, ocorrida em fevereiro, até a vitória desta quarta-feira (3) por 2 a 0, que selou a classificação da equipe goiana na Copa do Brasil.

O presidente ainda brincou com o diretor de futebol do Camaleão, João Rodrigues Cocá. “Eu liguei para o Cocá, ‘eu vou aí para ganhar o jogo para você’. Cocá é um tremendo pé frio. Jogou demais. Um belo jogo de futebol, foi bom jogo. É o certo, senão não precisa de futebol, não”, afirma Hailé.

Para Cocá, que vivenciou de perto os 50 dias de espera pela classificação, a justiça foi feita, dentro de campo. “Sensação de dever cumprido. É como falei para o Maguito, não vamos para Justiça comum, não, vamos para o jogo. Pelo que estou vendo dos jogadores, nós vamos ganhar, e ganhamos”, comemora.

Entre os esmeraldinos, Edminho Pinheiro também compareceu para assistir à partida. “Deu a Justiça. No futebol não podia ter acontecido isso. Depois disso tudo, mostrou que dentro de campo se ganha. Ganhou uma vez, ganhou a segunda, merecidíssimo. Estou muito feliz, como desportista e como goiano, de ter visto a Aparecidense se classificar”, avalia.

Élvis Mendes, presidente da Aparecidense, festejou a vitória e relembrou eliminações históricas do Camaleão sobre outros grandes times brasileiros. “Era muito importante essa vitória hoje para a Aparecidense, para levantar a moral, mostrar essa nossa diretoria nova que entrou agora, com muita dificuldade, fazendo a coisa correta, e se deparou com essa decisão do STJD. Mas hoje a Aparecidense foi grande, mostrou porque já tinha desclassificado Sport-PE, Botafogo-RJ, e hoje desclassifica a Ponte Preta. Tivemos que ganhar dois jogos para fazer justiça”, desabafa.

O presidente de Honra da Aparecidende, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, enalteceu a classificação do Camaleão. “É lógico que queríamos que esgotasse todos os recursos na Justiça Desportiva. Para isso tínhamos pedido a suspensão da partida, para concluir o julgamento, que ainda não foi concluído. Mas agora já perdeu o objeto, porque realizou a partida, ganhamos com mérito, com justiça, com sobra”, vibra.

Maguito Vilela destacou a participação em massa de outras torcidas no duelo. Para este jogo, a diretoria da Aparecidense fez promoção de ingresso a R$ 5 para quem fosse ao estádio vestindo camisa de clubes nacionais. Nas arquibancadas, cores do Camaleão, do Goiás, do Vila Nova, Atlético, Crac, times nacionais como Flamengo, Corinthians, Palmeiras e, claro, o Guarani de Campinas-SP, principal rival da Ponte Preta.

“É um exemplo que nós damos ao futebol goiano. Na hora de defender o futebol goiano, todos nós temos que estar unidos, todos os clubes. Hoje você viu a participação de todos os clubes torcendo para a Aparecidense, o estado inteiro, a cidade inteira. É muito bom, essa solidariedade do futebol goiano”, conclui.

As entrevistas foram concedidas ao repórter Rafael Bessa, da Sagres