Depois de condenar na última semana a agressão e tortura sofridas pelo advogado Orcelino Ferreira Silveiro, em Goiânia, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, relaciona a violência policial ao bolsonarismo e entra com ação institucional contra o governo de Goiás. A ação civil pública exige o pagamento de R$ 100 milhões para o Fundo Estadual de Direitos Difusos do Estado de Goiás.
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A entidade argumenta que os procedimentos feitos contra Silveiro são “de praxe institucional” da PMGO e ferem toda a classe de advogados. O processo ainda tem pedido para que o governo pague R$ 50 mil ao fundo em cada violação que venha a ocorrer. Em nota oficial, o governo goiano declarou: que “a Secretaria de Segurança Pública de Goiás assegura que ações isoladas, que não condizem com as diretrizes das corporações e instituições que compõem esta pasta, são rigorosamente apuradas com as devidas punições aplicadas”.
Felipe Santa Cruz, afirma que a escalada da atuação violenta das polícias está ligada ao bolsonarismo, pois setores mais violentos das corporações estão se aproximando dos ideais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Há um aparelhamento, um acumpliciamento desses setores mais violentos da polícia com o ideário do bolsonarismo. É algo muito mais profundo. E ele está agora muito potencializado por um presidente que autoriza essas rupturas, essas afrontas aos limites legais e constitucionais. Eu acho que esse caso é um símbolo dos tempos”, diz.
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Contra a advocacia
Santa Cruz remete a violência contra advogados ao momento político do país pois, de acordo com ele, os policiais estão impondo os limites de sua própria atuação, em vez de seguirem os limites impostos pela lei. “Nós estamos acostumados a tolerar a indisciplina das polícias. Inclusive temos um presidente da República que se notabilizou por incentivar essa indisciplina”
Investigação
Os policiais militares que agrediram o advogado Orcelio Ferreira, de 32 anos, serão investigados pelo Ministério Público Estadual Goiás (MPGO), pelo possível cometimento o crime de tortura, que tem pena de reclusão, de dois a oito anos. Orcelio foi ouvido na segunda-feira (26) pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) do MPGO.
Avanço digital
A Huaweii avança nos testes práticos para implantação de internet 5G em Rio Verde. O trabalho é realizado há mais de um ano e um deles simula o uso das novas redes para monitoramento e detecção de pragas em estágio inicial nas lavouras. Agora, na segunda fase do projeto, a empresa chinesa desenvolve uma rede inteligente de controle de rebanhos bovinos.
Licitação
A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações acelera a realização de testes da tecnologia de quinta geração (5G) de redes móveis, já que o edital para leiloar novas licenças de 5G sai em agosto, segundo o Ministério das Comunicações.
Centro de Inovação
A empresa investiu R$ 35 milhões para criar um centro de inovação, batizado de Ecosystem Innovation Technology Center, em São Paulo. A intenção é atrair universidades e startups para experimentos que simulam condições reais da nova geração de redes móveis, em diferentes setores da economia.
Estrutura
A Rumo, empresa de logística do grupo Cosan, inaugura hoje o trecho considerado mais importante de sua operação na Ferrovia Norte-Sul. Em março deste ano, a empresa já havia iniciado a movimentação na primeira etapa da via, entre Estrela D’Oeste (SP) e São Simão (GO).
Sudoeste goiano
Agora, a companhia coloca em funcionamento o novo terminal de Rio Verde (GO), que permitirá uma ampliação considerável do volume de carga transportado. “O novo terminal fica 200 km acima de São Simão. Então, a ferrovia chegará mais perto dos produtores do Sudoeste de Goiás e poderá captar carga do Leste do Mato Grosso”, diz Pedro Palma, vice-presidente comercial da Rumo.
Avanço
A estrutura, que demandou R$ 400 milhões de investimento, terá capacidade para 11 milhões de toneladas de grãos por ano, além de ampliar a movimentação da via.
Explicações
A ministra Rosa Weber, vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o Congresso Nacional tem o prazo de 10 dias para dar explicações sobre a aprovação do fundo de R$ 5,7 bilhões para as campanhas eleitorais de 2022.
Pela lei
O texto do Fundo Eleitoral foi aprovado na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022 no último dia 15 de julho. A norma aprovada contém a possibilidade de aumentar o fundo, usado por partidos e candidatos para fazer campanha. Os recursos destinados a esse fim podem chegar a R$ 5,7 bilhões. Em 2020 foram R$ 2 bilhões