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Rubens Salomão

Após pedir votos para Bolsonaro, Caiado defende respeito ao resultado das urnas

O governador Ronaldo Caiado (UB) usou o discurso na diplomação para o segundo mandato à frente do Palácio das Esmeraldas para marcar posição contra as manifestações antidemocráticas realizadas pelo país, principalmente em frente a quartéis do Exército. Militantes bolsonaristas apontam, sem provas, suposta fraude na eleição de outubro. Caiado disse que “o Brasil precisa de paz” e afirmou, mais uma vez, que é preciso saber aceitar derrotas na vida política.

Segundo ele, qualquer questão social “provocada pelo descumprimento das regras da democracia, provocará sequelas irreparáveis”. O governador discursou a mesma frase postada nas redes sociais: “Sou defensor intransigente da democracia, respeitando as normas constitucionais, onde nossas vitórias ou derrotas se dão no campo da democracia, respeitando o resultado das urnas”. O discurso foi feito em transmissão pela internet, enquanto Caiado ainda se recupera de cirurgia cardíaca em São Paulo.

Assim como o lado vencedor, o opositor mais bem votado em Goiás, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), também pediu votos para Bolsonaro e, agora, parabeniza os eleitos e deseja sucesso para Goiás. “Parabéns aos candidatos diplomados pelo TRE/GO. Fui candidato a governador e cumpri a missão dada por várias lideranças do estado. Agora, como goiano, desejo que todos trabalhem em prol do desenvolvimento de Goiás”, escreveu Mendanha em postagem.

Foto: Cerimônia do TRE/GO de diplomação dos eleitos em Goiás. (Crédito: Júnior Guimarães/SECOM)

A propósito

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PM) abriu procedimento administrativo para apurar “as circunstâncias” de vídeo postado pelo coronel Benito Franco. O ex-comandante da ROTAM gravou conteúdo dizendo que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não subirá a rampa”.

Pessoal…

Antes do discurso do comandante em chefe da corporação, que defendeu o respeito ao resultado das urnas, PMGO definiu em nota que a manifestação do oficial, que está licenciado, é “de caráter pessoal”. “Assim que tomou conhecimento dos fatos, a PMGO determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias do caso”, informou a instituição no texto.

(Crédito: Júnior Guimarães/SECOM)

Abertura

O vice-governador eleito Daniel Vilela afirmou depois da diplomação que o governo estadual manterá diálogo e relação “natural” com a gestão do PT no governo federal. Segundo Vilela, o governador não vê dificuldades para que Goiás mantenha relação com o governo Lula.

“Natural”

“Será uma relação natural de um governador e um presidente maduros, que sabem da importância de trabalhar pelo estado e pelo País. O governador já disse isso em outras oportunidades e não vejo que terá dificuldades”, disse. “Assim que instalado o novo governo, os novos ministros, os novos secretários, haverá necessidade de os auxiliares goianos buscar uma boa relação”, antecipou o futuro vice.

Bloqueio na BR-060 em Anápolis (Foto: Sagres Online)

Operação

A Polícia Federal (PF) cumpriu na última semana buscas contra mais de 80 bolsonaristas no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina, que estão envolvidos em atos antidemocráticos desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação ocorreu por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Medidas

No começo deste mês, Moraes já havia multado em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões que estariam envolvidos no bloqueio de estradas, além de proibir a circulação dos veículos. Durante discurso na cerimônia de diplomação de Lula, Moraes garantiu que os responsáveis por ataques antidemocráticos serão responsabilizados.

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Devolução

O Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciaram ontem a assinatura de acordos de leniência com as multinacionais Keppel Offshore & Marine e UOP LLC. A Keppel se comprometeu a pagar R$ 343,5 milhões aos cofres da União.

Admito!

A empresa reconheceu que um ex-consultor no Brasil teria pago propinas, entre 2001 e 2014, em troca de contratos com a Petrobras. A empresa já havia pago R$ 880 milhões em acordos fechados anteriormente.

Trabalho

“Além da colaboração com as informações que detém sobre os atos ilícitos, a companhia se comprometeu a manter a colaboração com as investigações e a aperfeiçoar seu programa de integridade”, diz o comunicado divulgado pela CGU.

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