A demissão de Hélio dos Anjos do comando técnico do Goiás pode reabrir as portas para o jovem Érik, que não atua há cinco jogos, barrado pelo treinador após decisão em conjunto com a diretoria. Porém, antes mesmo do duelo contra a Ponte, Sérgio Rassi pediu que o jovem fosse reintegrado e isso não aconteceu. Agora, ele deve voltar ao grupo principal.

Se dizendo tranquilo com a situação, Érik abriu o jogo para o repórter Pedro Marinho, da Rádio 730. De início, ele tratou de esclarecer as coisas e disse que não teve atritos com Hélio e que algumas justificativas do clube para sua saída não foram verdadeiras:

“Falaram que era para eu me aprimorar fisicamente, mas isso não existe. Um jogador de 20 anos ter que fazer condicionamento é fim de carreira, não teve nada disso. Não fui relacionado e fiquei quieto, mesmo com aquele tanto de blá-blá-blá. No momento que eles acharem que eu devo jogar, vou para a partida e jogarei”.

“Nunca citei nome de ninguém do Goiás, respeito muito o Harlei, o Hélio e o presidente Sérgio Rassi. Qualquer pessoa que estiver dentro do clube tem meu respeito. Em relação ao Hélio, nunca tive problema com ele, nenhuma discussão. Nunca atrapalhei um trabalho dele sequer, nunca cheguei atrasado dentro do campo”.

“Não tive problema nenhum com o grupo. Nunca discuti com ninguém em vestiário ou me dei mal com alguém. Trato todo mundo da mesma maneira, sou tranquilo e cabeça boa. Surgiu essas conversas de problema extra-campo, mas decidi não ficar falando nada, não ia ajudar. Procurei treinar e manter o foco, enquanto tiver contrato honrarei a camisa”.

Volta aos gramados

Com a sua possível volta, Érik só poderá fazer uma partida pelo Goiás antes de se apresentar para a Seleção Brasileira que disputará o Pan-americano de Toronto. Será no jogo desse domingo (28), contra o Fluminense. Ele avisa que não vê a hora de voltar a atuar e diz que o episódio não influenciou na sua carreira:

 “Sempre quero estar jogando, desde o jogo contra o Sport, primeiro que fiquei fora, eu queria jogar e ajudar o Goiás. Me dedico muito no dia-a-dia e ainda sou artilheiro do time no ano. Sou o mesmo Érik de 2014, acabei não sendo relacionado para as partidas e fiquei no meu canto, calado. Continuei indo treinar com os não-relacionados porque sou profissional”.

“Não acho que isso tudo tenha me desvalorizado. Mesmo sem jogar acabei convocado para o Pan-americano para defender a Seleção Brasileira e, além disso, continuei sempre treinando e mantendo meu profissionalismo”.