Na noite dessa terça-feira, houve reunião do Conselho Fiscal do Goiás, que aprovou, sem ressalvas, as contas da gestão de Sérgio Rassi. O mandatário esmeraldino concedeu entrevista após o término do encontro e falou das pautas abordadas. Confira os pontos destacados pelo presidente do Verdão:

Resumo da reunião

“As contas foram aprovadas sem ressalvas. Houveram algumas colocações. O ano de 2014 foi bastante adverso porque nós herdamos uma dívida de gestões anteriores e, obviamente, não pudemos cumprir com todas as obrigações, principalmente fiscais. Claro que, perante um cenário desse, algumas justificativas tem de ser colocadas. A reunião foi extremamente elucidativa, estipulamos ponto a ponto todas as cláusulas que o Conselho Fiscal detectou e, no final da reunião, a grande maioria resolveu aceitar a demonstração das nossas contas sem ressalvas. Confesso que isso me deixa lisonjeado e que, ao longo da gestão, o que não nos faltou foi determinação, transparência e sempre consultando o Conselho Fiscal, quando era necessário”.

Quase unânime

“O Conselho Fiscal apontou 5 pontos importantes, de falhas da gestão. Ao longo da explanação, mostramos que essas falhas, que não vem ao caso dizer quais foram esses itens, foram herdados de gestões anteriores. Quando digo quase unanimidade, foram entre 180 a 190 pessoas, se tivemos aqui 200 presentes. Essa transferência de credibilidade muito me honra”.

Votos contra significam existência de oposição no clube?

“É apenas uma coisa contábil. Essas pessoas que não votaram a favor, no final, vieram me abraçar, parabenizando pela maneira como foi conduzida a reunião, pelo último pronunciamento que eu dei. O Goiás é muito democrático. A função do Conselho Fiscal é essa mesma e, por isso, queremos que esses membros que estão no conselho persistam na posição, pois são extremamente austeros e rigorosos. Só com essa seriedade, um clube pode mostrar o seu valor. Queremos um Conselho Fiscal atuante”.

Reeleição

“No final da reunião, já encerrada a pauta, houve uma aclamação, liderada pelo seu Hailé e depois expandida pelos membros que estavam aqui, todos pedindo para que continuássemos no biênio 2016-2017. Respondi que ainda não tenho essa definição na minha cabeça”.

Aceitação da torcida

“Acho muito importante ouvir a nação esmeraldina, até porque vivemos em uma democracia. Eu me sentiria muito melhor representado se houvesse maioria dessas avaliações. Caso não haja essa maioria, eu não quero ser considerado um presidente que está assumindo o clube contra a vontade do seu próprio torcedor. Isso é muito importante para mim”.

Mudanças para a próxima gestão

“Deixei bem claro que, em caso de reeleição, gostaria que o sistema de gestão do clube fosse mudado radicalmente. Deveremos ter gestores específicos e profissionais em cada área. Gestores remunerados na área administrativa, financeira, jurídica, no futebol e até na área de comunicação, que serão cobrados e, caso não desempenhem adequadamente suas funções, passarão na tesouraria do clube para acertarem seus vencimentos e procuraremos outros com mais competência. Enquanto não fizermos isso, o Goiás fica sendo administrado em todos esses setores de uma maneira meio amadora, meio arcaica. Obviamente, nós reconhecemos o amor dessas pessoas pelo clube, mas é hora de nos modernizarmos”.