Marcado por Caíque Sá, Elyeser participa de treino no CT esmeraldino (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

A vitória do Goiás por 2 a 1 contra o Iporá, sábado, marcou o retorno de Elyeser aos gramados após ruptura do ligamento cruzado do joelho esquerdo. O último jogo do volante havia sido contra o Coritiba, no dia 28 de fevereiro do ano passado. De volta, o atleta se emocionou em poder disputar novamente uma partida oficial, agradeceu ao clube e disse que tem uma dívida a ser paga com a camisa esmeraldina.

“Estou com ambição danada de reverter e dar alegria ao torcedor e ao clube. Foram oito meses e nunca teve alguém querendo reduzir meu salário porque eu não jogava. Ninguém nunca mudou o comportamento comigo, nunca me desrespeitaram, sempre me trataram bem, honraram. O presidente (Marcelo Almeida) sempre me cumprimenta, sempre cuida de mim. Todos sempre cuidaram de mim. Eu tenho uma dívida de oito meses com o clube e espero pagar de alguma forma, dentro de campo, com vitórias”, revelou o jogador.

Recuperado da lesão no joelho, Elyeser ainda está em busca de ritmo de jogo. Em outubro, ele retornou aos treinamentos com o grupo, mas, por não ter sido inscrito, não foi relacionado para a reta final da Série B do ano passado.

Apesar do longo período distante dos gramados, Elyeser ainda tem mercado. No início do ano, o Coritiba procurou clube e jogador para uma transferência, mas a diretoria rejeitou.

Contratado em 2017 pelo Goiás, Elyeser também preferiu permanecer para ter, finalmente, um ano de sucesso em Goiânia.

“Teve uma conversa com o Coritiba, sim. O Argel (Fucks, treinador do Coxa) trabalhou comigo em 2017, gosta muito de mim, mas eu não quis me meter nisso. Eu falei isso para algumas pessoas. 2017 foi um ano sofrido, quase caímos. Depois nos fortalecemos e conseguimos tirar o time da zona de rebaixamento. Em 2018, meu ano foi até fevereiro, quando eu tive a lesão. Foi um 2018 sofrido por conta dessa lesão. Eu não posso abandonar tudo assim tão fácil. Meu desejo é ficar, mas deixo isso para a diretoria e para o meu empresário. Eu quero só trabalhar, treinar todos os dias, matar um leão todo dia e as coisas vão acontecer. Deixo na mão de Deus, ele é especialista em criar situações para nos honrar”, garantiu

Além de prometer um ano diferente, Elyeser também agradeceu ao departamento médico esmeraldino e elogiou o trabalho que foi feito.

“O Dalton (Siqueira) é excelente, o Mauro (Machado), o Marcelo (Almeida). Todos são especialistas em joelho. Não posso reclamar. A fisioterapia também ajudou demais. Claro que também tem o esforço do atleta, muito trabalho de força. O campo em Iporá não ajudou, mas eu nem tinha pensado nisso. Sinal que meu joelho está forte, firme e espero que continue assim”, pontuou e completou sobre não ter sentido medo em seu retorno.

“Entrei sem medo porque eu treino com o grupo desde outubro. A partir do momento que você começa a jogar, você esquece de tudo. Não fiquei com medo, mas senti a falta de ritmo de jogo. Isso é normal. Eu esperava retornar em nossa casa, perto do nosso torcedor, no nosso ambiente. Mas oportunidade não manda recado. Como o professor falou, o cavalo branco passa e a gente tem de montar em cima. Foi isso que fiz”, finalizou.