O Atlético Goianeiense apresentou na manhã desta segunda-feira (29) um dos seus principais reforços para a temporada de 2021. Emprestado pelo Vasco da Gama até dezembro, o goleiro Fernando Miguel falou pela primeira vez como atleta do Dragão e explicou o porquê de aceitar a proposta do clube goiano já que tinha outras possibilidades no mercado.

“Ano passado nós viemos treinar em dois momentos aqui no Atlético Goianiense e fiquei muito impressionado com a estrutura e a excelência com que se fazem as coisas. Neste segundo momento que estivemos aqui eu tive um encontro com o presidente Adson (Batista) após um treinamento no CT e a gente conversou um pouco, trocamos impressões por alguns minutos e ele falou da forma como conduzia, aquilo que pensa do Atlético e a forma como vem sendo construído até aqui. Então quando apareceu o Atlético-GO nessas possibilidades, eu não tive dúvida de querer fazer parte deste processo”, revelou.

O atleta ainda destacou que não teve dúvidas de se mudar para Goiânia depois que entrou em acordo com a diretoria cruzmaltina de que o melhor para as duas partes era deixar São Januário. Com contrato até 2022 com o time carioca, ele tinha valores atrasados a receber e abriu mão de alguns vencimentos para ser negociado.

“Algumas pessoas podem até pensar ‘você estava no Rio de Janeiro, veio para o Atlético-GO e saiu de um centro’, eu penso que vim para um grande clube, que faz as coisas com muita seriedade, comprometimento, onde as coisas são conduzidas da forma que o futebol profissional pede que sejam conduzidas. Fiquei muito feliz, não tive dúvidas de que aqui no Atlético-GO seria o melhor lugar para eu voltar a desenvolver um grande trabalho e fazer um grande trabalho com o clube. Eu quis fazer parte desse momento e sou muito grato pela escolha e pela oportunidade que o Atlético-GO está me dando”, afirmou.

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Além da estrutura e da maneira como o Atlético-GO é gerido, a boa campanha que o clube fez na temporada passada e o calendário com Copa do Brasil, Série A e Sul-Americana também atraíram o experiente goleiro.

“Todas as competições que nós temos são boas (de disputar), só não é melhor a Sul-Americana que a Libertadores, mas é um torneio importantíssimo e de um nível altíssimo, tenho certeza que clube e torcedores têm uma vontade muito grande de ver o Atlético-GO disputando essa competição. O grupo é muito bom, manteve uma boa base da temporada passada e aquilo que o time fez no ano passado também me motivou e me chamou a atenção para que eu viesse para cá esse ano. Estou muito feliz de estar inserido neste contexto, de disputar essas grandes competições pela frente e o que eu espero é que a gente tenha um bom desempenho e façamos bons jogos conquistando bons resultados”, acrescentou.

Gaúcho de Venâncio Aires, Fernando Miguel começou a ganhar notoriedade no Juventude em 2012 e logo se transferiu para o Vitória onde ficou por mais de cinco temporadas. Chegou ao Vasco em 2018 para ser titular absoluto da equipe após a saída de Martín Silva.

“Para entender isso (saída) é preciso observar todo o período. Não foi uma temporada com o Vasco da Gama, foram três, e o desgaste era muito grande. A partir do momento que não conseguimos atingir o objetivo mínimo na temporada passada é preciso fazer uma reflexão e observar algumas coisas. Nós tivemos a maturidade, o equilíbrio e a lealdade necessários para chegar a um denominador comum de entender que o melhor caminho era dar uma pausa nessa história com o clube”, explicou o goleiro que também falou sobre Marcelo Cabo, que fez o caminho inverso e trocou o Atlético-GO pelo Vasco.

“São momentos diferentes, situações opostas. Eu vivi três anos no Vasco da Gama, um clube que tem desgastado muito todos aqueles que se envolvem no processo do clube por muitas coisas que vem acontecendo com o passar dos anos lá. Posso dizer da minha parte que estou muito feliz de estar aqui no Atlético-GO. Eu vivi com intensidade, muita entrega e comprometimento meu momento no Vasco, mas agora é hora de pensar no Atlético. As escolhas que levaram o Marcelo (Cabo) para lá são únicas e dele, e as que me fizeram vir para cá são minhas e precisam ser validadas e respeitadas por todos”, concluiu.