Foto: Reprodução/CNBB 

No fim de semana, as arquidioceses mineiras de Belo Horizonte, Uberaba e Juiz de Fora, e as nordestinas de João Pessoa e Rio Grande do Norte, enviaram recomendações aos padres e ministros para que orientem os fiéis a receber a eucaristia nas mãos e não diretamente na boca. A informação é da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). As orientações se devem aos casos suspeitos do novo coronavírus nestas cidades.

A reportagem da Sagres entrou em contato com a Arquidiocese de Goiânia para saber se as orientações serão replicadas na capital devido aos casos suspeitos na cidade. Em resposta, a comunicação da Igreja Católica confirmou que também orientará os padres e ministros eucarísticos com o objetivo de prevenir um possível contágio.

A comunicação da Arquidiocese afirmou ainda que o texto que será enviado aos padres e ministros está pronto e espera aprovação do Arcebispo Metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, que solicitou o texto. Disse ainda que as recomendações serão enviadas na noite desta sexta-feira (28), e que se houver missas ainda hoje e as paróquias já estiverem com o aviso, a medida deve ser aplicada imediatamente.

Ainda segundo a comunicação da Arquidiocese de Goiânia, as orientações serão divulgadas também nas redes sociais, no site oficial e serão enviadas à imprensa.

Entre as medidas devem estar: tirar o abraço da paz, não unir as mãos na oração do Pai-Nosso, e orientar os fiéis a não receberem a comunhão diretamente na boca.

Nota da Pastoral da Saúde da CNBB

Em nota, a Pastoral da Saúde da CNBB destacou que não indica normas para as arquidioceses e que as “providências necessárias” dever ser tomadas em cada local, diante de cada realidade. “Cabe, portanto, aos arcebispos e bispos orientarem seus sacerdotes, bem como aos fiéis observarem as regras de higiene compatíveis com o momento”, escreveu.

O bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Roberto Ferreria Paz, recomendou o trabalho de prevenção e divulgação de informações sobre o vírus. O bispo ressaltou ainda a “extrema importância” de manter a informação sobre o vírus com objetividade científica e seriedade dos dados para evitar pânico e surtos. “Sobretudo a solidariedade com as comunidades que estão padecendo ou podem estar mais expostas. Além disso, colaborar com a vigilância sanitária e estar sempre atualizado, assim poderemos correr na frente e neutralizar os riscos deste vírus para a nossa população, especialmente os mais vulneráveis”. 

Rauane Rocha é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o IPHAC e a Universidade Federal de Goiás, sob supervisão do jornalista Johann Germano

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