O artista goiano Felipe Machado, que assina as obras como El Gatito, participou de uma exposição na Itália, neste mês de setembro, com cerca de mais 40 criadores. A Recordum a message to the next generation (Registre uma Mensagem para a Próxima Geração), ocorreu paralelamente à Bienal, em Veneza. Em entrevista à Sagres, Felipe contou que criou Gatito, “personagem lúdico”, apenas como passatempo durante a pandemia, mas que a “brincadeira virou coisa séria”.

Assista à entrevista completa:

“Precisei me isolar no quarto, com Covid-19, por quase 20 dias e fiquei introspectivo. Comecei a criar a maneira com que eu via o mundo. Eu criei a opinião do El Gatito, um personagem lúdico, que informa e enxerga o mundo de uma maneira mais satirizada, mais ácida ou mais engraçada”, detalhou o artista, que afirmou que através do Gatito, sentiu liberdade para se expressar sobre o mundo e as coisas que acontecem na vida dele.

Como começou apenas como um passatempo, Felipe explicou que inicialmente não aceitava vender nenhuma de suas obras, mas que com o tempo aceitou comercializar os trabalhos e projetou que as criações pudessem levá-lo para outros lugares. “Eu entrei de cabeça, tenho que vender, participar das exposições que existem pelo mundo”.

A partir daí, a preocupação de Felipe passou a ser outra: fazer com que o olhar comercial não tirasse a essência do trabalho. “É um paradoxo na vida dos artistas, criar o que quer ou o que as pessoas querem. Eu amo criar solto, livremente, então no começo foi difícil, mas depois que eu percebi que fazia parte, que era um trabalho, várias portas se abriram”, disse.

Em dezembro, El Gatito participará da Art Basel Miami, nos Estados Unidos. Além disso, o artista contou que tem planos para expor em Goiânia.

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