A cidade vive dias históricos e o fato é para marcar época, com as ruas coloridas de gente, festivas com todas as vozes

No início, eram grupos pequenos de sofredores do transporte coletivo indignados nos pontos de ônibus. Aos usuários do péssimo sistema de transporte foram se somando as vítimas de outros ladrões, como os governantes larápios, os bandidos das compras com dinheiro público, as administradoras de cartão de crédito, enfim, quem pensa que o povo é bobo. Que nada!

O povo diz “Basta!”                             

O povo diz “Chega!”

O povo vai às ruas, de forma pacífica, mostrar aos políticos, aos banqueiros, aos empreiteiros e aos acomodados que o Brasil está de olho, que o povo é ordeiro, mas não é cordeirinho. O povo é humilde de coração, mas aflora o sangue latino quente quando o brasileiro se vê humilhado. É o que ocorre atualmente e os políticos se recusaram a reconhecer. Foi assim que aos solitários iniciais foi se juntando gente, juntando gente, juntando gente de todos os lados, juntando gente de todos os jeitos, juntando gente de todas as vozes e, finalmente, os políticos tiveram de ouvir. Finalmente, os poderosos compreenderam que o poder é do povo, pelo povo e para o povo. Que o poder deveria ser sinônimo de democracia e não de podridão.

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Esta Quinta-Feira do “Não” é um dia histórico. As famílias vão às ruas dizendo não a tudo que não presta, inclusive aos políticos, à imprensa vendida, aos empresários malandros, a todos que passam a perna na confiança popular.

Esta quinta-feira vai entrar para a história de cada um de nós e vamos todos nos lembrar dela como o dia em que a paz venceu a guerra contra os corruptos, os salteadores, os traidores da confiança do povo.

Esta quinta-feira vai ser um marco, o dia em que o povo disse “Não” em milhares de vozes, vozes que os poderosos se recusavam a escutar. É o dia em que o povo finalmente resolveu ser feliz e’m conjunto, ser feliz em comunidade, ser feliz de modo incontável. Porque “é impossível ser feliz sozinho”. Porque “felicidade é tudo se quer”. E felicidade foi o que os poderosos, sejam eles políticos ou banqueiros, negaram ao povo durante esse tempo todo. Esse tempo acabou. Agora, o povo está na rua para “dizer ‘não’ ao não”. Em paz, mas mostrando que ninguém aqui é trouxa para se contentar com a roubalheira dos secretários, a ladroagem dos ministros e a incompetência dos políticos, de seus bajuladores, de seus financiadores.

Paz, sempre. Ladrões com mandato, nunca mais.