Estamos na véspera de um jogo importante para o Atlético na disputa do Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG, no estádio Serra Dourada. Os jogadores têm encarado a partida como uma importante decisão. Este será um daqueles jogos que os três pontos tem um peso ainda maior na definição do objetivo do clube goiano. Não é um divisor de águas, mas um momento interessante para manter distância até confortável de um grande adversário na luta pela permanência e no sonho de uma vaga na Sul Americana.

No entanto, o que chamou atenção foi a entrevista do presidente esmeraldino Hailé Pinheiro durante a HORA DO ESPORTE. O torcedor do Goiás só tem uma conclusão a tirar: Só resta sofrer em mais um ano na Série B. Mais uma vez, se preocupam com ex-presidentes que já estiveram no “mesmo palanque eleitoral”, pararam no tempo e vêem o Atlético como a grande força do nosso futebol e sempre citado como exemplo de organização e comando.

Ninguém vai tirar o status de Haílé Pinheiro e Edmo Pinheiro, como um dos maiores personagens do futebol goiano. Ninguém será louco de desconsiderar todo o trabalho (dentro e fora de campo) para levar o Goiás a elite do futebol brasileiro e se manter lá durante 10, 20 anos, sempre com aquele promessa utópica de um título nacional.

Só me restou rir muito ( muito mesmo) da declaração de que o Goiás está a um ponto do Atlético. Mais uma vez tentaram respingar no Atlético, o fracasso interno. “Por quê não fazem crise lá em Campinas?” Uma das perguntas do dirigente máximo do clube. Na semana passada, quiseram responsabilizar o clube rubronegro pela conduta do meia Luiz Fernando. Agora uma comparação, no mínimo, hilária de que as campanhas de Goiás e Atlético são semelhantes. Eu concordaria se ele tivesse dito que a missão atleticana é a mesma dos alviverdes enquanto estiveram na elite do futebol brasileiro: Sempre fugir do rebaixamento.

Se o objetivo era desviar o foco. Não conseguiu. O Goiás está sem rumo. Mais uma vez alguém sai do clube sendo acusado de trair a família Pinheiro. O indício do fracasso alviverde dos últimos cinco anos consiste na quantidade de pessoas que deixam o dia a dia do clube sendo acusados de traição. Quem está certo? Qual é a verdade em toda esta história?

Hoje conversando com o Hélio dos Anjos, ele me despertou para um ponto interessante. A situação pode se complicar ainda mais com a permanência em mais um ano na Série B. A estrutura é cara. Mantê-la sob déficit implica em economias no cotidiano, funcionários, profissionais, nas viagens, em contratações e se demorar muito reagir o Goiás vai acabar se igualando com clubes que há muito tempo estão na Série B ou até mesmo os recém chegados Asa, Icasa e por aí vai.

Na entrevista o técnico Hélio dos Anjos foi certeiro ao dizer: “Se o time que disputa a Série B entrar para ganhar, ela realmente será tão difícil quanto a Série A. Caso contrário, um mínimo de esforço e qualidade é suficiente para se manter na Segunda divisão”. Precisa dizer mais?

ATLETICO

Acredito na força e na reação do torcedor rubronegro neste jogo contra o Atlético-MG. Espero que pelo menos uns cinco mil pagantes estejam no Serra Dourada. O trabalho desta sexta-feira foi muito intenso quanto as bolas paradas (escanteios e faltas) uma das forças do galo mineiro neste brasileirão com oito gols seguidos de uma cobranças de escanteio e mais quatro gols de faltas indiretas. Juninho e Vitor Jr terão papel importante para botar velocidade no jogo e forçar para cima de uma defesa que já sofreu seis gols de pênalti (a líder neste quesito).

A única dúvida é Ernandes e Pituca no meio-campo. Em condições normais, Ernandes seria disparado o escolhido. Mas de acordo com Hélio dos Anjos, o lateral/volante reclamou de dores musculares e por isso estou achando que vai Pituca formar a dupla de volantes com Agenor. Embora, eu já entenda que os dois disputam uma vaga. A vaga que o jogador restringe a marcar no meio campo atleticano.