O Atlético Goianiense até queria a continuidade de Eduardo Barroca após o treinador ajudar a equipe a conquistar o acesso para a Série A na última temporada. No entanto o profissional preferiu não renovar com o Dragão e acertou com o Coritiba para comandar o Coxa em 2020.
Sem encontrar o perfil ideal, o rubro-negro iniciou o ano sob o comando da comissão técnica permanente do clube que foi responsável por todas as atividades da pré-temporada. No início do estadual veio a contratação de Cristóvão Borges, que assumiu o time na segunda rodada e foi demitido após sete partidas disputadas.
Desta forma, desde a saída do treinador o Dragão voltou a ser de responsabilidade da comissão permanente. A decisão tomada em fevereiro, segundo o presidente Adson Batista, gerou uma economia de mais de R$ 100 mil neste período em que o futebol está paralisado por conta do coronavírus.
“Eu sou muito perceptivo e quando tomei aquela decisão foi uma economia de ‘cento e poucos’ mil reais que foi importantíssima. Eu optei por aquela postura, comecei a administrar, veio essa situação (pandemia) e eu segurei. Todavia nós temos uma comissão permanente com muitos bons conceitos, então não tenho a preocupação de trazer um treinador só para dizer que tenho. Pode ser que chegue um técnico aqui que não tenha um bom dia a dia, não tem trabalho de alto nível e o desempenho da equipe começa a cair. Eu não tenho margem para isso”, destacou o dirigente.
“Desta forma o Atlético só vai contratar um treinador que a gente tenha certeza que vai chegar aqui, se adaptar aos protocolos e com um perfil superatualizado do clube. O Atlético é um time que joga de maneira muito moderna e trabalha diariamente assim também”, completou Adson Batista.
Na visão da diretoria atleticana contratar um novo técnico é um passo grande e decisivo para a sequência do ano. Por isso a situação é tratada com muito cuidado dentro do clube, já que os recursos acabaram sendo reduzidos.
“Tem muito treinador de Série A que não deveria estar lá (…) Eu vou ter muito cuidado com isso para que a gente possa fazer um investimento com muito critério. Não podemos errar, até porque perdemos muitos recursos e nossa receita é a menor do Campeonato Brasileiro. Participando dessas reuniões com a CBF, fica cada dia mais claro o tamanho do nosso desafio. Mas eu sempre soube disso e estou feliz de estar na Série A”, pontuou.
Atualmente a comissão permanente do Dragão possui vários integrantes, mas é ‘encabeçada’ pelo técnico interino Eduardo Souza, o auxiliar João Paulo Sanches, o coordenador técnico Rafael Cotta e o analista de desempenho Vitor Alves, que estão ajudando o presidente na busca de reforços.
“Estou pensando, acompanhando (o mercado) e me preparando para tudo. Sou uma pessoa otimista e acredito sempre que as coisas vão dar certo, dentro disso procurei buscar alternativas com a minha comissão técnica. Porém, para tomar qualquer atitude, você precisa ter uma sinalização mais clara”, revelou.
Apesar das análises, a diretoria ainda não está negociando com nenhum atleta. “Não (abrir conversa). Nós fizemos sondagens, avaliações internas e ajustes, mas negociações são bem complicadas. Às vezes você fala com um ou outro empresário, no entanto é um momento difícil de avançar qualquer situação porque não temos direcionamento nenhum e perdemos muita receita. Sendo assim, precisamos voltar a treinar para atrair os patrocinadores e a própria detentora do campeonato sentir que o futebol está vivo”, disse.