Duas derrotas para o Vila Nova, inimagináveis na visão de uma grande maioria. Para justificar a surpresa, Marcelo Cabo foi dispensado logo após o primeiro clássico. Perder em casa para o Goiatuba se tornou uma ameaça para muitos, e mesmo aparentando tranquilidade, notava-se o desconforto do presidente Adson Batista que partiu para o ataque em busca de soluções.

Tira Eduardo Souza e traz Umberto Louzer, todavia o eficiente futebol mostrado no ano passado desapareceu. Jogamos a carga da timidez apresentada em campo pelo time rubro-negro pra cima do presidente?

Adson tem muitos méritos como comandante do clube, ainda lhe sobra uma boa dose de confiança por parte da torcida, mas paciência tem limite. No momento em que, o então favorito ao título derrapar, as cobranças virão mais fortes e as críticas mais contundentes.

Entendo os problemas de momento. O Atlético Clube Goianiense não perdeu alguns dos seus principais jogadores por querer, e sim porque hoje ninguém segura um atleta fascinado pelas mirabolantes propostas que aparecem via empresários, cujo os ganhos maiores se dão nas transferências.

O time do ano passado conseguiu se enturmar bem em campo com um misto de técnica, boa vontade, entrosamento e coragem. Nem tinha tantos craques, contudo mostrava versões diferentes em jogos importantes, conquistando vitórias consagradoras. Foram-se Fernando Miguel, Arnaldo, Nathan, Éder, Carius, Willian Maranhão, João Paulo, André Luís, Janderson, Zé Roberto e Ronald.

Esse, convenhamos, é um time melhor que o atual e certamente teria feito mais que as cinco vitórias em dez jogos dessa primeira fase do campeonato goiano. Na quarta colocação, atras de Goiás, Anápolis e Vila Nova – o favoritismo para o título da temporada, mesmo a gente sabendo que passar pelo Morrinhos, no primeiro mata-mata até chegar à final – não parece tão difícil.

Vamos ver os próximos capítulos, observar bem quem serão os protagonistas campineiros nessa batalha, porque de figurantes o time está bem servido!