O plenário da Câmara realizou audiência pública para discutir o projeto do prefeito Paulo Garcia (PT), que inclui áreas do Setor Jardim das Esmeraldas e no Setor Pedro Ludovico como de adensamento urbano. O projeto ainda não foi enviado pelo Paço à Câmara, mas, mesmo assim, já causa o debate na Casa.

O vereador Paulo Magalhães (SDD) tem sido um crítico da proposta da Prefeitura de lotear áreas próximas ao Jardim Botânico. “Nós queremos investimento da prefeitura de Goiânia. As empresas que estão pensando que já compraram os imóveis, que tiveram informações privilegiadas, nós queremos que eles façam lá seu sobradinho, sua mansão, que respeitem o meio ambiente. Nós queremos salvar o Jardim Botânico,” pede.

A arquiteta paisagista Neusa Baiocchi participou da audiência pública e explicou que prejuízos podem ser causados com o adensamento urbano das áreas próximas ao Jardim Botânico. “Se essa lei que eles estão falando que estão elaborando definir o uso do solo como foi feito no Jardim Goiás e no Cascavel será um adensamento muito grande e vai atingir o lençol freático,” ressalta.

Os vereadores da base preferiram não dar opiniões detalhadas sobre o projeto de adensamento do Jardim Botânico, já que a matéria ainda não tramita na Câmara. O presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB), destacou o caráter democrático da audiência. “Mais uma demonstração da democracia nesta casa. Eu acho importante principalmente se tratando de um bairro tão importante com o Setor Pedro Ludovico e adjacências,” diz.