Através de uma iniciativa da deputada Isaura Lemos-PCdoB, uma audiência pública foi realizada na manhã dessa terça-feira (24) para discutir o aumento da tarifa de ônibus anunciado nas últimas semanas, com o reajuste de 2,80 reais para 3,30 na região metropolitana. Representantes de diversos segmentos da sociedade estiveram presentes na reunião.

Os Representantes do governo federal e do Ministério Público foram convidados, porém, não compareceram. O encontro tem como objetivo questionar o porquê do reajustes fora de época, já que o período de aumento, tendo como base os últimos acréscimo, vem acontecendo nos meses de abril e maio e quais foram os parâmetros usados para chegar à conclusão dos novos números.

A deputada Isaura Lemos disse, durante o evento, que há falta de transparência no mecanismo de reajuste da tarifa e defendeu um modelo alternativo de cálculo da passagem de ônibus: “É um levantamento que o próprio Movimento Nacional do Transporte Coletivo faz, em relação à composição dessa nova tarifa. O movimento levanta o percentual de cada parcela de composição da tarifa e na região metropolitana esse levantamento não fica claro”, revela.

“Em várias cidades, a maioria com o transporte melhor do que em Goiânia, o preço é calculado em cima da quilometragem rodada. Essa foi uma proposta da minha campanha nas últimas eleições municipais, que o transporte seja pago dessa maneira. Isso faria com que essas empresas se interessem em buscar usuários em lugares mais distantes”.

Atualmente, o cálculo é feito sobre o número de usuários transportados nos veículos. A deputada lembra que esse fato gera a superlotação dos carros, já que a empresa passa a receber mais por número de transportados e não pela quilometragem rodada.

O representante da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos, CMTC, Thales de Castro, informou que o cálculo é público e todos cidadãos podem ter acesso direto às planilhas: “Esse cálculo que nós fazemos para reajustar a tarifa é público e consta no contrato em que foi feita a licitação, nos anos de 2008 e 2009. Todo cidadão pode requisitar o acesso a esse cálculo formalizando um pedido à CMTC e entender como se dá essa composição”.

*Com informações de Mirelle Irene