O rumo das coletivas de imprensa depois de jogos do Goiás começou a mudar. Ontem (15), após a derrota do esmeraldino por 4 a 0 para o Vitória, na Bahia, o técnico Jorginho começou a ser questionado sobre seu futuro no cargo. Irritado com alguns repórteres, mas compreensivo com outros o, até então, comandante alvi-verde, garantiu: “É natural”.

PODCAST: OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA COM JORGINHO

As especulações e a (natural) desconfiança dos torcedores quanto as possibilidades de o Goiás reverter a vantagem do Atlético-GO no Goianão e até a do Vitória, na Copa do Brasil, Jorginho minimizou os danos e relembrou passagens vitoriosas da carreira. O experiente ex-atacante recordou de certa vez, quando jogou pelo Palmeiras, contra o Grêmio/RS.

“O Palmeiras tomou cinco lá e ainda apanhou na briga. Veio no Parque Antártica e conseguimos o resultado. Isso daí é normal. Eu já estive perdendo de três uma vez, fomos para o intervalo, voltamos e enfiamos cinco. Quem disse que a gente não pode fazer um gol no começo, e fazer dois, três, quatro, cinco, seis… ué?”, disse Jorginho.

Ao repórter da Rádio 730, Edson Júnior, que o perguntou sobre a ‘cultura do futebol brasileiro’ – que faz demitir técnicos facilmente -, Jorginho comentou se estaria correndo o risco de perder o posto. Ele elogiou a pergunta e respondeu que não se preocupa com isso, reiterando saber que quando não consegue os resultados, o treinador sai.

“Isso é o Brasil! Temos que ficar tranqüilos e trabalhar enquanto estiver aqui e tiver forças. E o torcedor tem que nos ajudar. Ele que é a máquina que movimenta isso aqui. Por isso que eu estou pedindo aqui para ele ir lá e encher o estádio”, solicitou o treinador do Goiás.

Para conquistar a vaga para as quartas de final da Copa do Brasil o Goiás precisa golear o Vitória-BA, no Serra Dourada, pelo placar de 5 a 0 – e vencer nos pênaltis – ou mesmo fazer 6 a 0 e se classificar de forma direta. No caso do Atlético-GO, para o Verde conseguir a vaga na final do Goianão, basta uma vitória simples.