O Estado de Goiás possui atualmente um déficit de mais de cinco mil vagas para detentos do sistema prisional.
A população carcerária é de 12 mil pessoas, sendo que existem somente 6.700 vagas. Autoridades se reuniram para discutir medidas para reverter este quadro.
Em Goiânia, 340 presos estão em delegacias da cidade, sendo 317 homens e 23 mulheres. O superintendente da Polícia Judiciária de Goiás, Álvaro dos Santos, relata as ações que serão feitas nos próximos meses para contornar o quadro que tem trazido prejuízo às unidades de investigação da Polícia Civil.
“Na verdade em Goiânia estamos em torno de 350 presos em delegacia e iniciamos a construção de uma adequação na Casa de Prisão Provisória, onde dentro de 60 encaminharemos 128 presos”, destaca.
Em nível nacional, a situação é mais grave, já que a população carcerária no Brasil é de 500 mil presos, sendo que existe um déficit de 200 mil pessoas, o que necessita investimentos na ordem de R$ 8 bilhões.
De acordo com o presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal, Edilson de Brito, os recursos federais que serão disponibilizados para suprir a necessidade nacional podem beneficiar Goiás.
Edilson de Brito aponta o montante de investimentos que estão previstos para serem executados.
“Nós temos boa parte dos recursos, há uma possibilidade de R$ 600 milhões via PAC-2, para edificação de 14 mil vagas no Brasil, mais em torno de R$ 1,1 bilhão para construção de 27 mil vagas e mais R$ 270 milhões. Somando isso tudo, teríamos um aporte financeiro próximo a R$ dois bilhões”.
O juiz corregedor Wilson da Silva Dias, descreve que um dos motivos da superlotação nos presídios goianos é a demora dos julgamentos nos processos.
Em todo o Estado de Goiás, 1.116 presos estão sob custódia das Polícias Civil e Militar, sendo que 252 policiais estão trabalhando em unidades prisionais do interior.