Você já ouviu falar em Big data: o que é e para que serve? Com a digitalização cada vez maior das empresas e da própria vida das pessoas, geramos dados no nosso dia a dia, nas nossas interações e até em atividades rotineiras. Redes sociais, transações em bancos, navegação e compras, TV Digital, sensores, GPS, câmeras, arquivos médicos e até o modo como consumimos conteúdo pode ser monitorado e se transformar em dados.
O conceito de big data implica no armazenamento de uma grande quantidade de dados e a capacidade de extrair valor dessas informações em rápida velocidade. Mas o que isto pode mudar na vida das pessoas.
Quem nos explica é um dos sócios da organização KPMG, Luiz Gustavo Cabral. Ele relata que, por exemplo, uma empresa pode conhecer melhor o perfil dos clientes a partir de informações públicas que são disponibilizadas na internet. “Ela pode utilizar por exemplo um post no facebook de uma pessoa, um e-mail que foi enviado ou que ficou gravado nos rascunhos. A partir do momento que essas informações possam ser usadas publicamente, essa empresa pode identificar que essa pessoa quer, por exemplo, fazer uma viagem. E se ela percebe que essa pessoa quer fazer uma viagem antes de outra empresas, ela pode oferecer uma promoção,” exemplifica.
Em resumo, dentre outras formas de se criar valor com big data, ela possibilita: Identificação de padrões, Personalização, Planejamento estratégico, Inovação, ou seja, o Big Data é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade e velocidade inéditos até hoje. Na prática, a tecnologia permite analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real. Mas e quanto a segurança na internet.
O diretor de tecnologia da empresa Multidata, Carlos Gustavo Machado, alerta que a legislação brasileira se adequar as evoluções tecnológicas. “Precisa haver uma legislação que trate da coleta de informações pessoais, que lite o que pode ser feito e o que pode ser armazenado. Hoje existe uma lacuna com relação a este assunto, não existe uma legislação específica. Isto pode suscitar riscos e problemas,” expõe.