Deputados da bancada evangélica reagiram contra as indicações ao Conselho Estadual de Educação que, na visão deles, representam pessoas defensoras da “ideologia de gênero”. Primeiro a pressão foi contra o nome de Mayra Caiado Paranhos, prima do governador Ronaldo Caiado, que foi sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e teve o nome retirado pelo governador depois de pressão dos religiosos. Isso ocorreu na sessão de quarta-feira, conforme reportagem da Sagres, nesta quinta-feira (25).

(Foto: Divulgação/Alego)

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O grupo de deputados pastores é formado, principalmente por Thiago Albernaz (SD), Rafael Gouveia (DC), Jeferson Rodrigues (PRB), Henrique César (PSC), Cairo Salim (Pros), Amauri Ribeiro (PRP) e Paulo Trabalho (PSL). O debate sobre o tema foi quente na quarta-feira (24) no plenário, já que as indicações de, Bia de Lima, presidente do Sintego, e de Júlia Lemos Vieira, causaram a mesma reação dos evangélicos. As duas foram indicadas para o Conselho de Educação pelo Fórum Estadual de Educação e pela União Estadual dos Estudantes (UEE), respectivamente. Júlia Lemes é filha da ex-deputada estadual Isaura Lemes.

Outros deputados, no entanto, defenderam a atuação das indicadas. Alysson Lima (PRB), que é evangélico, disse no plenário que estava na sabatina e que não houve posicionamento favorável de ninguém à ideologia de gênero. “São pessoas altamente qualificadas e que pensam a educação muito além deste tipo de bobagem”, defendeu Alysson. O deputado Lucas Calil (PSD) questionou a definição de “bancada cristã” feita por seus colegas e considerou que a suposta “ideologia de gênero” não existe em escolas de Goiás.

Ainda restam as avaliações dos demais nomes para o conselho, estes indicados pelo governador Ronaldo Caiado. São eles Guaraci Silva Martins Gidrão, Izekson José da Silva, Jaime Ricardo Ferreira, José Leopoldo Veiga Jardim e Willian Xavier Machado, que aguardam votação na CCJ. Os nomes de Bia de Lima e Júlia Lemos já estão prontos para primeira votação em plenário.

O líder da base governista na Assembleia, Bruno Peixoto (MDB), confirma a troca de nome Mayara Caiado pelo governador depois da pressão dos evangélicos e aponta que o debate sobre o tema na Casa é natural.