“A proposta dos banqueiros ficou muito aquém da que nós reivindicamos. Eles ofereceram 8% de reajuste e a nossa reivindicação é de 12,8%. A gente aguarda a nova manifestação dos banqueiros para que possamos avaliar novamente”, explica.
Segundo o vice-presidente, há outros pontos de insatisfação, além da questão salarial. “A gente quer mais contratação nos bancos. [Os bancários, hoje trabalham de 10 a 12 horas por dia.] O atendimento à população é precário e as filas são imensas”.
Os trabalhadores bancários também querem mais segurança nas agências. De acordo com Willian Louzada, o problema é ainda pior nas cidades do interior.
“Em agências do interior do Estado, os gerentes são sequestrados e isso causa uma questão psicológica grave, quando não há caso de morte”, relata.
A participação no lucro também está na pauta dos grevistas. “No primeiro semestre, os banqueiros lucraram R$ 30 bilhões. E na hora de repartir, o banco não quer”, analisa.
O Sindicato dos Bancários informou que nos bancos privados a paralisação será por região. Já nos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, a greve deve ser mais forte.
Sobre a próxima Assembleia, Willian alertou que só irá acontecer quando a FENABAN (Federação Nacional dos Bancos) oferecer uma proposta que esteja dentro do reajuste da inflação e do ajuste real da área. “Somente quando tiver nova proposta, porque não tem o que decidir se não houver uma sinalização dos banqueiros”.
A orientação é que as pessoas procurem as casas lotéricas e utilizem o Auto-Atendimento.