Barbieri lamenta morte de torcedor  no dia do clássico com o Vila (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC).

A morte de Rondinelly Borges, de 22 anos, tirou o brilho da vitória do Goiás sobre o Vila Nova por 2 a 0, no estádio da Serrinha. Apesar de ter 100% de aproveitamento nos três jogos no Campeonato Goiano, o técnico Maurício Barbieri lamentou mais um episódio de violência entre as maiores torcidas do Estado e disse que o torcedor se tornou “refém dos marginais”.

“Aproveito o momento para me solidarizar com a família do torcedor que a gente perdeu. É uma pena que isso aconteça no futebol. Uma pena que tenha clássico com torcida única. O espetáculo perde com isso. Somos reféns dos marginais. É uma pena que família e amigos que torcem para outro time não possam frequentar o mesmo ambiente que o nosso porque alguns não sabem se comportar”, disse o treinador.

Rondinelly Borges foi assassinado no domingo, em Senador Canedo, antes da partida entre Goiás e Vila Nova. O torcedor se deslocava para o estádio da Serrinha quando foi baleado. A Polìcia MIlitar ainda investiga o crime e não tem suspeito até o momento.

Para evitar que os ânimos se acirrassem ainda mais entre os torcedores, Barbieri também pediu aos jogadores para que evitassem provocações, principalmente nas redes sociais. Na última temporada, o clássico ganhou uma maior dimensão após brincadeiras entre os jogadores, situação que não aconteceu neste ano.

“Depois do clássico eu pedi aos jogadores para que tivessem cuidado. Frisei que tem de saber perder, mas também ganhar. Saber ganhar com humildade, pés no chão e respeitando o adversário. A disputa é dentro de campo. Somos todos profissionais e companheiros de profissão. Todos têm família. Todos vão andar na rua. A gente percebe como está perigoso andar na rua. A conversa que eu tive foi neste sentido. É saber respeitar, saber ganhar com hombridade, porque amanhã a gente também pode estar do outro lado.

Barbieri também disse que entrou com uma ação para retirada de um perfil falso do treinador em uma rede social, que tinha um caráter mais ofensiva e que vinha lhe causando problemas.

“Atrelaram meu nome em uma rede social. Quero dizer que não Instagram, nem Facebook. Já vou até tomar medidas legais para que a pessoa seja punida. Minha preocupação é com o torcedor. Quando surge perfis falsos, eu acho que é o momento de valorizar os bons profissionais, que vão atrás da informação, que tem o cuidado de saber como saiu a informação. É um bom momento para enaltecer os bons jornalistas. Uma pena que nem todos são assim, mas qualquer área é assim”, completou o treinador.