(Foto: Maykon Cardoso / Alego)
O líder da base do governador Ronaldo Caiado (DEM) na Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (MDB), nega a possibilidade considerada pelo presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSB), de se elaborar uma lista de prioridades entre os tantos projetos enviados pelo executivo neste fim de ano. A intenção de Lissauer é deixar claro, quais matérias devem ser necessariamente apreciadas ainda em 2019, enquanto outras, como o pacote para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, ficariam para o próximo ano.
Esta, no entanto, não é a intenção de articuladores políticos do Palácio das Esmeraldas. Depois de reunião com Lissauer Vieira, na tarde desta terça-feira (3), o secretário de Governo, Ernesto Roller, conversou com a imprensa e preferiu não gravar entrevista, mas garantiu que uma lista de prioridades só seria apresentada para o caso de sessões extraordinárias, a partir do dia 15 de dezembro. Até lá, a intenção é votar todos os projetos enviados.
A avaliação foi confirmada pelo líder, Bruno Peixoto. “Estamos trabalhando para aprovarmos todas as matérias enviadas pelo governo, esse é o nosso objetivo”, disse. “Existe a possibilidade de convocações extraordinárias, se nós não conseguirmos votar tudo nas sessões ordinárias”.
A oposição, no entanto, questiona a pressa do governo para aprovar tantos projetos polêmicos em pouco tempo. O deputado Lucas Calil (PSD), disse que o pacote de medidas do governo é chamos de “pacote de maldade” porque “acaba com quinquênio, licença-prêmio, servidores que tem filhos com Autismo ou com Síndrome de Down deixarão de ter o auxílio do governo; a PEC da Educação; e a reforma da Previdência”. Lucas Calil ressaltou que “o governador quer aprovar [as matérias] sem discussão com a Sociedade Civil Organizada, de maneira ditatorial”.
*Reportagem de Rubens Salomão